RESTRIÇÃO

Espanha suspende atividade produtiva para conter contágio

Por EFE 29/03/2020 - 18:23
Atualização: 29/03/2020 - 18:32

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Covid-19 já matou 6.528 pessoas em todo o país
Covid-19 já matou 6.528 pessoas em todo o país

O Conselho de Ministro do governo da Espanha aprovou hoje (29) a suspensão, por duas semanas, das atividades produtivas não essenciais. Esta é mais uma restrição para tentar frear a propagação do novo coronavírus, que já matou 6.528 pessoas em todo o país. "As medidas de confinamento estão reduzindo a expansão do coronavírus, mas precisamos dar um passo a mais, disse a ministra da Fazenda e porta-voz do Executivo nacional.

A paralisação, em que os empregadores deverão seguir arcando com os salários dos funcionários, entrará em vigor amanhã (30) e valerá, ao menos, até o dia 9 de abril. Montero explicou que a medida é "necessária" para reduzir a mobilidade da população de toda as formas possíveis, porque é fundamental reduzir os contágios.

Os trabalhadores que ficarão em casa, mas sendo remunerados, posteriormente terão que realizar horas extras diluídas, para compensar pelo período, em condições acordadas com os sindicatos.

A ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, disse entender que a medida aprovada pelo governo é uma fórmula em que "todos cedem", por isso, pode ser considerada a melhor nesse momento de crise. A decisão de hoje não afeta a situação de pessoas que já estão em casa, desde o início do confinamento, e seguem trabalhando normalmente, de maneira remota; além de doentes e afetados por suspensões temporárias de emprego.

A ministra da Fazenda, além de destacar a importância de diminuir a carga nas unidades hospitalares, afirmou que a ideia é colocar a economia em "hibernação", para depois da pandemia promover uma recuperação total.

Recorde de mortes


A Espanha alcançou neste domingo o maior número de mortes em decorrência do coronavírus desde o registro da primeira, 838, o que eleva o total para 6.528, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde do país. Com relação ao boletim divulgado ontem (28), são seis óbitos a mais. Nos três últimos dias, 2.438 pessoas faleceram, o que representa quase 40% do contabilizado até o momento.

O número de infectados já registrados chegou a 78.797, com os novos 6.039 casos. O aumento, na comparação com os dados apresentados neste sábado, é de 9%, em índice que segue em queda pelo terceiro dia consecutivo.
Ainda segundo o boletim anunciado hoje, há 4.907 pacientes em unidades de tratamento intensivo. Já o total de pessoas que receberam alta e são consideradas curadas é de 14.709.


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