Supermercados normalizam estoques, mas preços de produtos registram alta

O ritmo de abastecimento de produtos nos supermercados de Alagoas está normalizado e as prateleiras já não mostram espaços vazios, segundo afirma o presidente da associação das empresas no Estado, Raimundo Barreto de Souza. O empresário diz que atualmente a falta de produtos é pontual e mínima, afetando apenas uma marca ou outra dos produtos que ainda registram grande demanda, como o álcool em gel. O que está afetando o consumidor agora é a alta nos preços.

Barreto diz não haver justificativa para a disparada dos preços, já que as indústrias do segmento estão em pleno funcionamento, apesar da pandemia, e a logística não sofreu alteração. “Nós [os supermercados] não formamos preços, somos repassadores da indústria. Os órgãos públicos de controle estão investigando a alta. Isso é preocupante e nós não defendemos aumentos injustificados”, comenta.

A alta dos preços é constatada em produtos como leite longa vida, papel higiênico, vinagre, papel toalha, sabões em geral, feijão e até vinagre. Empresas especializadas em monitoramento de preços apontam a pressão do dólar, o fim da política de descontos e oportunismo como causas para a subida dos preços. Para não perder clientes, os supermercados estão tentando negociar custos com seus fornecedores, mantendo a mesma margem de comercialização, segundo o presidente da associação.

Barreto defende a abertura gradual das empresas em todos os segmentos econômicos, mesmo com a pandemia, e diz que elas podem adotar medidas sanitárias para controlar a disseminação do novo coronavírus. Segundo ele, a pandemia não gerou demissões nos supermercados do estado e os postos de trabalho devem continuar sendo preservados no segmento, apesar do atual cenário da crise.