Zacarias Santana

Por 26/10/2011 - 00:00

ACESSIBILIDADE


Esperei algum tempo por este momento para tentar de uma maneira bastante singela homenagear este homem que sem dúvida alguma foi e para sempre será um grande ícone no jornalismo alagoano. Estatura mediana, cabelos ondulados bem penteados, olhos claros, voz mansa, homem simples, solidário, gostava de olhar nos olhos e apertar com firmeza as mãos das pessoas, principalmente de seus colegas jornalistas. O seu maior orgulho foi ter tido criado todos os filhos e nunca ter nenhuma decepção com eles, um conselho que dava podia ser considerado, com grande certeza, o melhor.

Mesmo com alguma dificuldade, lembro-me que foram tantas às vezes em que saíamos de manhã para o colégio, e encontrávamos com ele chegando da Gazeta de Alagoas, onde na época exercia ainda a função de linotipista, morávamos na Rua Formosa em Ponta Grossa e sabíamos o real valor das coisas, talvez por que sempre foram conseguidas com muita dificuldade.

A história de vida de Zacarias Santana teve a marca da luta e do cumprimento do dever, e isto ficou claro quando foi convocado para a II Guerra Mundial, e teve que embarcar para o frio da Itália e quando retornou começou a trabalhar no ramo de gráficas e desde então não parou mais. Seu primeiro emprego com carteira assinada foi na livraria Casa Ramalho que na época funcionava na Rua do Comércio Nº 168, no cargo de Tipógrafo, isto foi em Fevereiro de 1946, em 1949 foi para Brasília DF, montar a Gráfica Belas Artes Ltda. onde ficou só um ano. Retornando para Alagoas trabalhou ainda na Tipografia Ramalho e Cia. Em 1950 foi contratado pelo Jornal Gazeta de Alagoas para a função de Paginador, a partir daí desempenhou quase todos os cargos dentro de uma gráfica até chegar à função de Vice-Presidente das Organizações Arnon de Mello, que hoje ostenta seu nome em seu moderníssimo parque gráfico. Em Julho de 1975 passou a exercer o cargo de Diretor Presidente da ex Imprensa Oficial do Estado de Alagoas.

É muito gratificante falar sobre este homem, digno, honesto, experiente e acima de tudo respeitado por todos que tiveram o prazer e o privilégio de conviver com ele, seja profissionalmente ou em seu convívio diário e o motivo para esta pequena homenagem não seria outro se não, pelo fato de nunca ter tido a oportunidade e o prazer de ter dito a ele, quando em vida, do orgulho que sentia - assim como meus irmãos – do exemplo de pai que foi e sempre será para todos nós, e que estamos tentando de todas as formas honrar seu nome. Um grande beijo e onde quer que o senhor esteja, continue sempre olhando por mim e por toda a nossa família.

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