OPERAÇÃO BECO DA PECÚNIA

Moradores pedem ajuda ao MPE para afastar esposa de GG da Prefeitura de Rio Largo

Cristina Gonçalves assumiu o lugar do marido no comando do município
Por Bruno Fernandes 15/08/2022 - 18:25
Atualização: 15/08/2022 - 18:49

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Gilberto Gonçalves
Gilberto Gonçalves

Um grupo de moradores de Rio Largo protocolou nesta segunda-feira, 15, documento junto ao Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE) solicitando apuração do crescimento do patrimônio de vereadores do município e o afastamento da vice-prefeita, Cristina Gonçalves, esposa de Gilberto Gonçalves, a fim de evitar possíveis intervenções no âmbito da Operação Beco da Pecúnia, da Polícia Federal.

De acordo com o documento entregue na sede do órgão fiscalizador, o afastamento da vice-prefeita é justificado por ela “ser esposa do prefeito envolvido, o que por si só caracteriza o conluio e a possibilidade de destruição de provas e intimidações a testemunhas”.

Além da apuração do crescimento do patrimônio dos vereadores e do afastamento da primeira-dama, agora prefeita do município, o grupo também deu entrada na Câmara de Vereadores em um pedido para criação de uma comissão especial de inquérito para afastar o casal. 

Também foi solicitado junto à Polícia Federal que os vereadores do município e a filha do prefeito, Gabriela Gonçalves, candidata a deputada estadual, assim como a vice-prefeita, sejam investigados no âmbito da operação.

A vice-prefeita tomou posse após o afastamento de Gilberto Gonçalves, alvo da Operação Beco da Pecúnia, deflagrada pela Polícia Federal.

Segundo a investigação, teriam ocorrido possíveis ilegalidades nas contratações e respectivos pagamentos realizados pelo município de Rio Largo, em favor de duas pessoas jurídicas, para aquisições de material de construção, peças e serviços para veículos, as quais teriam recebido do citado município o valor aproximado de R$ 20 milhões.

A PF identificou que, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 saques “na boca do caixa” de contas de tais empresas, com o valor individual de R$ 49 mil, logo após terem recebido recursos de contas do município de Rio Largo, visando burlar o sistema de controle do Banco Central/COAF, que prevê a obrigatoriedade das instituições bancárias informarem automaticamente transações com valores iguais ou superiores a R$ 50 mil.

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