SAÚDE
Fiocruz investiga 13 casos suspeitos de varíola dos macacos em Alagoas
Ministério da Saúde registra 1.721 casos da doença no BrasilTreze casos suspeitos de varíola dos macacos estão sendo investigados pelo Hospital Escola Hélvio Auto e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Alagoas, informou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) nesta sexta-feira, 5.
De acordo com a Sesau, foram notificados 14 casos em investigação, mas um deles já foi descartado.
A confirmação dos casos suspeitos acontece uma semana após o Brasil registrar a primeira morte causada pela doença. Trata-se de homem de idade não divulgada e que teria baixa imunidade. A causa do óbito foi choque séptico, agravada pela varíola dos macacos.
O último caso suspeito foi contabilizado ontem, quando um paciente adulto de sexo masculino apresentou piora e aumento acentuado de lesões na pele. Ele segue internado no Hospital Escola Hélvio Auto, em Maceió.
Os outros 12 pacientes estão sob isolamento domiciliar e, após cumprirem o período de isolamento, serão liberados. Eles aguardam o resultado dos exames encaminhados pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Alagoas à Fiocruz.
A varíola dos macacos é causada por vírus, a partir do contato com um animal, pessoa ou materiais infectados. O infectologista Julival Ribeiro explica como pode ser transmitida a monkeypox.
Os sintomas mais comuns são febre, calafrio, cansaço, dor de cabeça, nas costas e musculares, e gânglios inchados. Em seguida, aparecem lesões avermelhadas na pele, espalhadas pelo corpo semelhantes a furúnculos. A doença é de baixa mortalidade, mas na semana passada foi confirmado o primeiro óbito pela doença no Brasil e não há tratamento específico para a monkeypox.
Depois de oito semanas do primeiro caso detectado no país, o Ministério da Saúde registra 1.721 casos de monkeypox, a varíola dos macacos, com crescimento de mais de 60% somente na última semana.
O estado de São Paulo lidera com quase 1.300 casos, seguido do Rio de Janeiro, com 190 casos, e Minas Gerais, com 75. Depois aparece o Distrito Federal, com 37 casos, onde, nessa quinta-feira, a Universidade de Brasília informou que dois estudantes foram afastados das atividades presenciais pois tiveram contato com pessoas positivas para a monkeypox.
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