MISÉRIA

Alagoas tem 50% da população na pobreza

Dados são de estudo do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas
Por José Fernando Martins com agências 30/06/2022 - 11:09
Atualização: 30/06/2022 - 12:25

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Das 27 unidades da federação, 14 têm mais de 40% de sua população na pobreza
Das 27 unidades da federação, 14 têm mais de 40% de sua população na pobreza

O avanço da parcela da população pobre no Brasil revela uma situação ainda mais crítica quando se observa a situação sob a ótica regional. Das 27 unidades da federação, 14 têm mais de 40% de sua população na pobreza. Em Alagoas, o número é mais alarmante: 50,36%.

Outros estados também registraram média que supera os 50%: Maranhão (57,90%), Amazonas (51,42%), e Pernambuco (50,32%). Os dados são de estudo do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social), a partir de microdados da Pnad Contínua, do IBGE.

Além dos quatro piores, a situação é crítica em Sergipe (48,17%), Bahia (47,33%), Paraíba (47,18%), Pará (46,85%), Amapá (46,80%), Roraima (46,16%), Ceará (45,89%), Piauí (45,81%), Acre (45,53%) e Rio Grande do Norte (42,86%).

Na média brasileira, a parcela era de 29,62% em 2021, ou quase um terço da população, ante 25,08% em 2019, antes da pandemia. Ao todo, eram 62,9 milhões de brasileiros em 2021 nesta situação, 9,6 milhões a mais que em 2019.

Por essa classificação, pobres são aqueles que vivem com menos de R$ 497 per capita/mês a preços do quarto trimestre de 2021, nesta situação, 9,6 milhões a mais que em 2019. Por essa classificação, pobres são aqueles que vivem com menos de R$ 497 per capita/mês a preços do quarto trimestre de 2021, US$ 5,50 por dia.

PIORA NOS ÚLTIMOS DOS ANOS

Das 27 unidades da federação, 25 registraram aumento da fatia da população na pobreza entre 2019 e 2021.A pior evolução dos indicadores de pobreza no período da pandemia foi observada em Pernambuco, com um aumento de 8,14 pontos percentuais: a participação dos pobres subiu de 42,18% em 2019 para 50,32% 2021.

Outros estados tiveram ampliação expressiva da parcela de pobres: Rondônia (25,19% para 31,65%), Espírito Santo (21,38% para 27,30%), Bahia (42,43% para 47,33%) e Minas Gerais (20,94% para 25,25%). As únicas quedas de pobreza no período foram observadas em Tocantins (34,54% para 33,59%) e Piauí (45,84% para 45,81%). 0,03 pontos percentuais).

A menor taxa de pobreza em 2021 – como já tinha ocorrido entre 2012 e 2020 – foi de Santa Catarina, com 10,16% vivendo com menos de R$ 497 por mês, seguida por Rio Grande do Sul (13,53%) e Distrito Federal (15,70%). (Com Valor)

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