DADOS OFICIAIS
Alagoas registra 1.584 desaparecidos em menos de três anos
Alagoas tem o registro de 1.584 pessoas desaparecidas em menos de três anos. De 2018 a 2022 os casos oficiais de desaparecimento indicam que 61% do total não demonstram justificativa plausível. OS números foram apresentados em reunião realizada nesta terça-feira, 17, pelo Comitê Gestor Estadual de Política Nacional de Busca por Pessoas Desaparecidas da Secretaria de Segurança Pública.
De acordo com a representante do Programa de Identificação e Localização de Desaparecidos (PLID) em Alagoas, Helena Bonfim, a grande maioria dos desaparecidos (62,3%) são do sexo masculino, 36% do sexo feminino e 1,57% indeterminado.
Os adolescentes, na faixa etária entre 12 e 17 anos, são número de desaparecidos, totalizando 31,2%, seguido de pessoas entre 18 e 24 anos (15,6%). O percentual de crianças desaparecidas, com até 11 anos, é de 4,1%.
A reunião teve por objetivo discutir ações que serão realizadas no Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, comemorado em 25 de maio.
Pelo cadastro da Secretaria de Segurança Pública a maioria dos desaparecimentos ocorreram em Maceió (782), Arapiraca (147) e Rio Largo (84). No próximo dia 25, o Comitê participa do “Ato Vozes do Silêncio - Onde estão nossas crianças?”, evento organizado pelo Instituto Raízes de Áfricas e que acontecerá na orla lagunar.
A Polícia Científica também informou na reunião que nos IMLs de Maceió e Arapiraca existe os registros de 800 corpos não reclamados, a maioria deles não identificados.
Amostras de material biológico desses corpos foram extraídos para serem inseridos na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG). A ação faz parte da Campanha Nacional de Desaparecidos, que tenta identificar essas vítimas e seus familiares.