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O advogado Jefferson Souza e alguns moradores do bairro do Pinheiro vivem uma situação inusitada na região afetada pela Braskem. Mesmo com os imóveis tomados por rachaduras, a empresa se nega a incluí-los no mapa de risco e fazer a idenização. Hoje, Jefferson busca o quanto antes desocupar seu escritório, localizado na rua Rua Coronel Lima Rocha, no Pinheiro, e conseguir a indenização do lugar por parte da Braskem.
Apesar das provas técnicas e imagens mostrarem rachaduras e desmoronamento de paredes, os imóveis foram descartados da área de risco. O advogado e os moradores reclamam que até mesmo a Defesa Civil Municipal orientou a contratar técnicos que demonstrem se há risco em seus imóveis.
A orientação que os inquilinos e moradores dos imóveis receberam foi de monitorar a edificação e, em caso de evolução ou prolongamento das patologias existentes, entrarem em contato com o órgão através do número 199 e informar o número da ocorrência anterior.
‘’A Defesa Civil de Maceió, deveria apoiar a população assegurando a imediata evacuação dos imóveis”, afirmou Jefferson. Segundo ele, ao buscar o apoio da Prefeitura, foi informado que o solicitante ciente da problemática é orientado a contratar um profissional adequado.
O advogado explicou que, desde novembro do ano passado, percebeu a evolução e o prolongamento das patologias existentes, e só nesta semana a vistoria foi até seu local de trabalho. Agora, Souza aguarda o laudo final para decidir o futuro no local.
Ele informou ao EXTRA que todos os imóveis situados do outro lado da rua do escritório já foram desocupados e se encontram na área de risco, inclusive, alguns imóveis do mesmo quarteirão. “Basta somente atravessar a rua, ou seja, basta dar alguns passos até a calçada em frente pra sair da área de risco? Como podemos entender os critérios da Defesa Civil e da Junta Técnica da Braskem?. E eles não me deram uma explicação sobre esse fato.”, questionou.
Posicionamento da Defesa Civil
A Defesa Civil informa que tem acompanhado o caso e já realizou seis vistorias no local desde o ano passado, sendo a última no dia 5 de abril deste ano. A diretoria operacional identificou fissuras, desplacamento e infiltração, mas todas as patologias são ligadas a problemas estruturais. Na ocorrência, foi recomendado ao solicitante que monitorasse a edificação e realizasse os reparos necessários. Em caso de evolução, a Defesa Civil deve ser acionada. O imóvel está fora do mapa de linhas e ações prioritárias (V4). Nos próximos dias uma equipe do Centro Integrado de Alerta e Monitoramento (CIMADEC) da Defesa Civil irá ao local fazer nova vistoria.