OPERAÇÃO APATE

Quadrilha subornava funcionários de lotéricas para fraudar Auxílio Emergencial

Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em Alagoas e Pernambuco
Por José Fernando Martins com assessoria 10/05/2022 - 09:00
Atualização: 10/05/2022 - 09:14

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Agência Brasil
Auxílio emergencial foi alvo de fraude
Auxílio emergencial foi alvo de fraude

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje, 10, a operação Apate, com o cumprimento de dez mandados de mandado de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Maceió, com vistas a desarticular associação criminosa que fraudava Auxílio Emergencial. 

Ao todo, 40 policiais federais participam da ação para o devido cumprimento de nove mandados em Alagoas e um em Pernambuco. A investigação iniciou ano passado, quando alguns donos de lotéricas identificaram que determinados funcionários estariam sendo cooptados pela associação criminosa. 

O meio fraudulento empregado consistia na ativação indevida do aplicativo CAIXA TEM, realizada pelos empregados cooptados, com o cadastramento e validação imprópria de inúmeros CPFs, o que ensejou vários pagamentos fraudulentos de auxílios emergenciais, em prejuízo aos cofres federais.

Foi observado que os domicílios daqueles que tiveram os CPFs indevidamente ativados são totalmente diversos e muito distantes do local do cadastro e ativação do CAIXA TEM (Maceió). A PF ainda constatou que alguns indiciados possuem uma considerável quantidade de contas bancárias.

"Trata-se de uma característica comum nas condutas de diversos fraudadores investigados na Banco Nacional de Fraude ao Auxílio Emergencial, que se utilizam desse artificio para otimizar e facilitar a movimentação de dinheiro oriundo de fraudes", informou a corporação por meio de nota. 

A investigação conseguiu identificar os envolvidos na trama criminosa, o que ensejou a expedição dos mandados de busca e apreensão pela 1º Vara Federal de Maceió/AL. Os indiciados ficarão à disposição da Justiça Federal para responder pelos crimes de estelionato majorado (art. 171, §3º, do CP) e associação criminosa (art. 288 do CP), que somados podem chegar a 8 anos reclusão. 

Na mitologia grega, Apate era um espírito que personificava o engano, o dolo e a fraude. Foi, junto com o seu correspondente masculino Dolos (o espírito das ardilosidades), um dos espíritos que saíram da caixa de Pandora.

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