GOVERNADOR-TAMPÃO

PSB pede que PM ocupe ALE e impeça eleição

Mesmo suspenso, deputados foram convocados para realização do pleito na próxima segunda-feira
Por Bruno Fernandes 29/04/2022 - 13:06
Atualização: 29/04/2022 - 13:21

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Ascom ALE
Plenário da Assembleia Legislativa
Plenário da Assembleia Legislativa

O PSB entrou com um requerimento na Justiça de Alagoas nesta sexta-feira, 29, solicitando a presença da Polícia Militar no plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas na próxima segunda-feira, 2, para garantir que as eleições para os cargos de vice e governador-tampão não sejam realizadas, mesmo que o pleito já tenha sido suspenso pela juíza Esther Manso, da 18ª Vara Cível da Capital na última quarta-feira, 27.

A decisão de suspender o pleito foi determinada após ação impetrada pelo PSB contra a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) tendo como pedido principal anular o edital por, segundo a sigla, ferir as Constituições federal e estadual ao prever voto aberto dos deputados e escolha separada de governador e vice.

De acordo com o requerimento assinado pelo advogado Henrique Correia Vasconcellos, mesmo após a determinação da Justiça para suspender as eleições, o deputado estadual Bruno Toledo, no exercício da Presidência no plenário convocou ontem, 28, os demais parlamentares para “próxima sessão extraordinária de segunda-feira, dia dois de maio, com pauta exclusiva para eleição democrática do futuro governador de Alagoas”.relacionadas_esquerda

“Indiscutível, porém, é que a formalização da convocação para Sessão Extraordinária especificamente para o fim de realização de eleição do governador de Alagoas, cuja realização está suspensa por ato deste Juízo, demonstra nítido início de descumprimento da ordem judicial exarada nestes autos e que se agravará caso realizem na próxima segunda-feira (02/05/2022) a citada Sessão Extraordinária”, argumenta o advogado sobre a convocação feita.

Além da presença da PM no plenário, a sigla também requereu que seja aplicada multa diária o valor de R$ 100.000,00 por dia de descumprimento a ser aplicada em nome da pessoa física do Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas.

Os candidatos ao cargo são: os deputados Paulo Dantas, Cabo Bebeto e Davi Maia, o servidor público Flávio Henrique Catão Nogueira, o bombeiro militar Luciano Valdomiro Silva Fontes, o fisioterapeuta Antônio Pereira Chicuta, o empresário e corretor de imóveis Stenio Luis Pereira da Costa e Silva Filho, e o técnico em radiologia Wadeildo José Gomes Vasconcelos Bezerra.

O mandato-tampão é necessário porque o governador Renan Filho (MDB) renunciou para se candidatar ao Senado em outubro. Já o vice-governador eleito em 2018, Luciano Barbosa (MDB), também renunciou ao cargo em 2020 para ser candidato (e vencer) a prefeito de Arapiraca.

Terceiro na linha de sucessão, o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Marcelo Victor (MDB), abdicou do cargo temporário porque, se assumisse, estaria impedido de disputar a reeleição para renovar seu mandato como parlamentar.

Com isso, o governo de Alagoas está desde o dia 2 de abril nas mãos do presidente do Tribunal de Justiça, o desembargador Klever Loureiro.

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