PAIS QUEREM RESPOSTAS

UPA do Tabuleiro vira alvo de investigação após morte de crianças

Por José Fernando Martins 18/01/2022 - 06:46
Atualização: 18/01/2022 - 11:10

ACESSIBILIDADE

Agência Alagoas
UPA do Tabuleiro
UPA do Tabuleiro

O Conselho Estadual de Direitos Humanos e a Polícia Civil investigam os óbitos de duas crianças após atendimento na UPA do Tabuleiro do Martins, parte alta da capital. Segundo reportagem exibida pela TV Gazeta, o inquérito irá apurar quais foram os procedimentos adotados pelos profissionais da saúde em ambos casos. 

Na segunda-feira, 17, Carlos Miguel Ferreira, de 10 anos, morreu depois de dar entrada da unidade de saúde -no domingo- com dores de dente. Conforme o pai da criança, Cícero Ferreira, o filho da Ala Amarela foi transferido para Ala Vermelha depois de não reagir aos estímulos médicos.

Na declaração de óbito, a família informou que constava "causa indeterminada. “Não estou acreditando. Como uma dor de dente, que começou na quarta-feira, saiu uma morte?”, questionou o pai da criança. Outro caso recente ocorreu na UPA do Tabuleiro. 

Já família de Isabelly denunciou uma suposta negligência no atendimento da criança, de 7 anos, que morreu cerca de 30 minutos depois de dar entrada no HGE. Antes de ir para o hospital, a criança tinha sido atendida na UPA do Tabuleiro no mesmo dia. Na declaração de óbito, mais uma vez: causa indeterminada. 

Ela morreu no domingo, dia 2 deste mês.

“Minha filha morreu de quê? Minha filha morreu de causa indeterminada? Vai sair um laudo em 30 a 40 dias e eu quero Justiça”, desabafou a mãe da criança. As duas famílias registraram o Boletim de Ocorrência (BO) para saber as causas da morte. A Polícia Civil disse à TV Gazeta que os dois casos vão ser investigados. 

relacionadas_esquerda

A família de Miguel informou que o corpo voltou para o serviço de verificação de óbito no Trapiche para uma nova análise. Conforme o promotor Magno Moura, os casos chamaram a atenção do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos que vai abrir uma investigação sobre o assunto.

"Fora isso, estaremos cobrando à Sesau [Secretaria de Saúde do Estado], maior atenção e investigação sobre este caso. Se houve realmente um erro médico ou de pessoas que ali trabalham referente ao atendimento dessa criança”, disse o promotor e presidente do conselho.

Publicidade

Continua após a publicidade


Encontrou algum erro? Entre em contato