LITORAL ALAGOANO

Fardos de borracha encontrados neste ano pertenciam a um segundo navio

Material se soltou de návio durante recuperação de carga de estanho
Por Redação 15/10/2021 - 13:25
Atualização: 15/10/2021 - 13:34

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Divulgação
Fardos foram recolhidos em Coruripe
Fardos foram recolhidos em Coruripe

Os fardos de borracha encontrados no litoral da Bahia e de Alagoas, em agosto deste ano, pertenciam a um segundo navio nazista, revelou nesta sexta-feira, 15, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Objetos semelhantes já haviam sido localizados anteriormente, em 2018, e foram identificados como carga de uma embarcação alemã afundada na Segunda Guerra Mundial. Mas pesquisadores descobriram que os materiais avistados recentemente na costa brasileira eram transportados em um outro cargueiro alemão.relacionadas_esquerda

Os novos fardos de borracha são provenientes do navio de carga alemão MV Weserland, naufragada pela Marinha Americana em janeiro de 1944. Já os fardos que apareceram anteriormente faziam parte da carga de outro navio, o SS Rio Grande, também naufragado em combate no mês de janeiro de 1944.

Segundo os pesquisadores, no começo deste ano houve uma tentativa de recuperar a carga de estanho que também era transportada no MV Weserland, já que o material teve o preço triplicado começo de 2021, porque é usado em componentes eletrônicos.

Na tentativa de recuperar a carga, o processo fez com que os fardos se soltassem. Modelos matemáticos para simular a ação dos ventos e das correntes oceânicas confirmaram que os objetos de fato chegaram ao litoral brasileiro.

Apesar de terem sido transportados em diferentes navios, os fardos possuem as mesmas características. Eles pesam até 200 kg e na verdade são “folhas” de látex dobradas diversas vezes. Trata-se de matéria prima para borracha utilizada nos pneus e armas do exército alemão.

Em 2018, quando os fardos do SS Rio Grande apareceram no litoral brasileiro, houve uma tentativa de recuperar uma carga de cobalto que era transportada pela embarcação. Naquela altura, o preço do metal estava em alta pois tinha passado a ser usado em baterias de carros elétricos.

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