MASSA FALIDA

Usinas e outros invasores são expulsos de terras da Guaxuma

Reintegração de posse aconteceu no início do mês com ajuda da Polícia Militar
Por José Fernando Martins 09/10/2021 - 11:05
Atualização: 09/10/2021 - 11:15

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Dossiê
Caminhão da usina foi flagrado em inspeção realizada com uso de drones no ano passado
Caminhão da usina foi flagrado em inspeção realizada com uso de drones no ano passado

Os juízes que encabeçam o processo falimentar do Grupo João Lyra determinaram a reintegração de posse de uma fazenda que havia sido invadida pela Usina Coruripe e fornecedores da Cooperativa Pindorama, ambas acusadas de usufruírem ilegalmente das terras hoje pertencentes à Massa Falida da Laginha.

No último final de semana, a Polícia Militar foi acionada para cumprir a ação na Fazenda São José, localizada em Coruripe. Segundo a decisão assinada pelos juízes Diogo de Mendonça Furtado, Emanuela Bianca de Oliveira Porangaba e Luciano Andrade de Souza, a área foi invadida pelas empresas que um dia foram concorrentes do falecido João Lyra.

O pedido de reintegração de posse foi formulado pelo novo administrador judicial Igor da Rocha Telino. Embora tenha sido cumprido no começo do mês e esteja sob segredo de justiça, os detalhes do mandado de reintegração foram publicados no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) na quarta-feira, 6. Conforme especificado no DJE, “desde o início do mês de agosto, a Fazenda São José foi invadida pela Usina Coruripe, que passou a cultivar a área como se sua fosse sem autorização ou pagamento de qualquer contraprestação à Massa Falida, restando caracterizado inclusive o enriquecimento sem causa daquela”.

Em contato com o EXTRA, o presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos, disse que a cooperativa não invade terra de ninguém. Segundo o executivo, alguns produtores de cana, associados à cooperativa, podem ter plantado cana no local e fornecido a produção para a usina junto com a cana produzida em outras áreas. “Não temos envolvimento com nenhuma invasão”, afirmou. Klécio Santos explicou que a Pindorama recebe cana de seus associados e de antigos fornecedores independentes, alguns também produtores da região (plantam em terras não pertencentes à entidade), de tal forma que não cabe à cooperativa identificar a origem da mesma.


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