MEIO AMBIENTE

Alagoas é o estado que teve o maior percentual de área livre de seca do Nordeste em maio

Alagoas e Pernambuco tiveram uma redução do fenômeno.
Por Isabela Melissa - Estagiária sob supervisão 09/07/2021 - 18:50

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Monitor de Secas aponta diminuição na seca em Alagoas
Monitor de Secas aponta diminuição na seca em Alagoas

A última atualização do Monitor de Secas, referente a maio, aponta que no Nordeste houve um agravamento da seca na Bahia, no Ceará e no Rio Grande do Norte. No sentido oposto, Alagoas e Pernambuco tiveram uma atenuação do fenômeno. Os demais estados não registraram variação da área com o fenômeno.

Na comparação entre abril e maio, Alagoas teve uma redução da severidade do fenômeno com o recuo da área com seca grave (de 33% para 22% do estado) no noroeste do estado em função das chuvas acima da média.

Também foi verificada a leve redução da área total com seca de 63% para 61% do território alagoano entre abril e maio. Com isso, o estado teve o maior percentual de área livre de seca do Nordeste em maio: 39%.

Em maio deste ano, em comparação a abril, as áreas com seca tiveram aumento em seis das 20 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas: Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins. Já no Espírito Santo o fenômeno voltou a ser identificado, o que não acontecia desde fevereiro deste ano. 

No sentido oposto, dois estados tiveram redução de sua área com seca: Alagoas e Pernambuco.

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, a Bahia lidera a área total com seca, seguida por Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, como ilustra o gráfico a seguir:

Devido às chuvas abaixo da média nos últimos meses, Bahia registrou um aumento da área com seca moderada, que passou de 48% em abril para 56% de seu território em maio.  Maranhão teve uma expansão da área total com seca de 63% para 72% do território maranhense  em função do avanço da seca fraca no centro e no norte do estado, devido às chuvas abaixo da média.

No caso da Paraíba, a área total com seca permaneceu no patamar de 87% do estado entre abril e maio. Em Pernambuco, entre abril e maio, a área total com seca caiu levemente de 85% para 78% do estado. Em termos de severidade, a área de 3% de Pernambuco com seca grave deixou de ser verificada em maio.

No Piauí a área com de seca subiu de 83% para 87% de seu território entre abril e maio, devido às poucas chuvas. Entre abril e maio, o Rio Grande do Norte teve um agravamento da seca com o aumento da área com seca moderada no leste potiguar, por causa de pouca chuva.  Esta é a condição mais severa do fenômeno no estado desde janeiro de 2020, quando 24% do estado passou por seca grave. Desde dezembro de 2020, todo o território potiguar registra seca.

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor agora abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.

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