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Moradores de bairros afundando protestam contra ofertas feitas pela Braskem

Por Bruno Fernandes 15/06/2021 - 14:17
Atualização: 15/06/2021 - 15:26

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Divulgação
Moradores protestaram mesmo debaixo de chuva nesta terça-feira
Moradores protestaram mesmo debaixo de chuva nesta terça-feira

Moradores dos bairros Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto realizaram um protesto, mesmo debaixo de chuva, em frente à sede do Ministério Público Federal (MPF), na Avenida Juca Sampaio, no Barro Duro, nesta terça-feira, 15.

O ato foi organizado pelo Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) para cobrar providências do órgão federal e para que o mesmo interceda nas ofertas feitas pela mineradora na indenização dos moradores que perderam seus imóveis.

Desde 2018, donos de imóveis no bairro do Pinheiro, em Maceió, reclamam dos valores apresentados pela Braskem nas propostas de indenizações. De acordo com alguns ex-moradores, as propostas teriam diferenças de 30% a menos que o esperado.

Em março deste ano, no entanto, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento para verificar quais os critérios utilizados pela Braskem para definir as propostas de indenização, em razão as denúncias feitas por donos de imóveis das regiões atingidas pelo afundamento.

Moradores, empreendedores e empresários dos bairros estão sendo afetados, diretamente, pelo afundamento de solo causado pela extração de Sal-gema da empresa Braskem, isso porque após o fenômeno, a região está sendo esvaziada, com a retirada de famílias e fechamento dos negócios locais.

Por meio de nota, a Força-Tarefa (FT) do Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas informou que reconhece o direito de manifestações públicas, como meio de expressão das liberdades coletiva e individual, mas afirmou que o exercício de tais direitos não deve inviabilizar os direitos fundamentais das pessoas, inclusive o direito de ir e vir.

"O Ministério Público Federal tem se reunido com a comunidade, através dos diversos movimentos e associações, sempre que há solicitação. Não consta nenhum pedido de reunião feito pela sociedade civil organizada pendente de agendamento, nem mesmo do movimento que organizou a manifestação de hoje", informou.

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