CRIME EM 2008

Justiça concede semiaberto ao assassino da alagoana Eloá Cristina

Por Tamara Albuquerque 10/06/2021 - 09:20

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Montagem
Lindemberg Fernandes Alves cumprirá pena, por matar Eloá Cristina, em regime semiaberto
Lindemberg Fernandes Alves cumprirá pena, por matar Eloá Cristina, em regime semiaberto

A Justiça concedeu o regime semiaberto a Lindemberg Fernandes Alves, assassino confesso da jovem alagoana Eloá Cristina, que cumpre pena de 39 anos de prisão na Penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé (SP). O crime

A decisão foi tomada no dia 11 de maio pela juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da 1ª Vara das Execuções Criminais (VEC) de Taubaté, atendendo aos argumentos da defesa do assassino, que fez o pedido para mudança de regime em 2020. segundo a defesa, por trabalhar na unidade, ele teve 313 dias da pena perdoados. 

No semiaberto os detentos têm direito a cinco saídas temporárias no ano, entre elas Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal. No texto, a magistrada ressaltou que o preso "obteve resultado positivo no exame criminológico realizado, pela unanimidade dos avaliadores participantes, que o consideraram apto à usufruir do regime intermediário". 

O comunicado de transferência de regime foi enviado à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) na terça-feira (8).O relatório de avaliação psicológica considerou que Lindemberg tem "agressividade e impulsividade dentro dos padrões normais" e que "arrepende-se profundamente, lamenta perda irreversível à família da vítima". 

A jovem Eloá foi feita refém por ele antes de ser morta com dois tiros.Caso Eloá Cristina se refere ao mais longo sequestro em cárcere privado já registrado pela polícia do estado brasileiro de São Paulo, seguido de feminicídio, que adquiriu grande repercussão nacional e internacional.

Em 13 de outubro de 2008, Lindemberg Fernandes Alves, então com 22 anos, invadiu o domicílio de sua ex-namorada, Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, no bairro de Jardim Santo André, no município de Santo André, na Grande São Paulo, onde ela e colegas realizavam trabalhos escolares. Inicialmente dois reféns foram liberados, restando no interior do apartamento, em poder do sequestrador, Eloá e sua amiga Nayara Silva.

Após mais de cem horas de cárcere privado, policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) e da Tropa de Choque da Polícia Militar explodiram a porta e entraram em luta corporal com Lindemberg, que atirou em direção às reféns. Nayara deixou o apartamento andando, mas ferida com um tiro no rosto, enquanto Eloá, carregada nos braços de um policial, foi levada inconsciente ao Centro Hospitalar de Santo André, onde morreu horas depois em decorrência dos dois tiros que levou


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