CRIME AMBIENTAL
Alagoas perde 30% do volume total de água tratada e distribuída para consumo
Os recursos naturais são finitos, podem desaparecer do meio ambiente. A urbanização, o crescimento populacional, desigualdade social, pobreza e a falta de conscientização, educação e trabalho são as principais causas da escassez de água potável no mundo. No Brasil, no entanto, dois fatores juntam-se aos demais para agravar o quadro crítico: o desperdício no consumo e a perda na distribuição do produto. Na semana dedicada ao meio ambiente, cujo Dia Mundial é comemorado neste sábado (5), um alerta é dado aos brasileiros. Quase 40% (39,2%) de toda água potável captada não chega as residências do país.
Em Alagoas, as perdas na distribuição de água representam 30% de todo volume tratado para consumo. O percentual é elevado, mas, ainda assim, é o 2º menor registrado no país. O estado com mais baixo Índice de Perda de água Distribuída (IPD) é Goiás, com 29% do produto distribuído às residências. No Brasil, a média de perda é de 39%, um volume que seria suficiente para levar água aos quase 35 milhões de brasileiros que até hoje não possuem acesso nem para lavar as mãos em plena pandemia. Segundo o Instituto, “o volume de água perdido durante a distribuição também poderia atender, por quase três anos, aos mais de 13 milhões de brasileiros que habitam em favelas”.
Em relação ao volume, ou índice de Perda por Ligação (IPL), Alagoas ocupa o 9º lugar entre os estados, com 282 litros/ligação por dia. O melhor desempenho desse indicador é novamente em Goiás, com perda de 152 litros/ligação/dia, seguindo por Tocantins (201), Mato Grosso do Sul (216), Paraná (236), Minas Gerais (254), Paraíba (255), Bahia (269) e Ceará (275).
O presidente executivo do Trata Brasil, Édison Carlos, lembra que o instituto já há alguns anos estuda a situação das perdas de água potável no país e os números só pioram. “Ao não atacar o problema, as empresas operadoras de água e esgotos precisam buscar mais água na natureza, não para atender mais pessoas, mas para compensar a ineficiência. Em momentos de pandemia e pouca chuva, isso cobra um preço altíssimo à sociedade”, afirma.
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