SEM ORÇAMENTO

Concurso para IBGE será suspenso após adiamento do Censo 2021

Por Metropóles 24/04/2021 - 15:09

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Agência Brasil
Concurso oferecias oferece 181.898 vagas para recenseador e 5.450 vagas de censitário municipal
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As provas objetivas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (concurso IBGE), que oferece 204.307 vagas de níveis fundamental e médio, não serão realizadas em 2021. O secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, confirmou, nesta sexta-feira (23), que o Censo Demográfico não será realizado este ano.

O texto do orçamento sancionado e publicado no DOU de sexta-feira (23) detalha e oficializa a redução da verba destinada ao levantamento do Censo demográfico previsto para 2021 (concurso IBGE). O orçamento direciona apenas R$ 53 milhões para a realização do Censo demográfico, o valor inicial era de R$ 2 bilhões e já havia sido reduzido no Congresso Nacional em mais de 90%.


O valor aprovado inviabiliza até os preparativos para o levantamento ir a campo em 2022, de acordo com o o sindicato nacional dos servidores do IBGE, o Assibge. Com isso, o Censo poderá ser realizado apenas em 2023. Ainda de acordo com o Assibge, em entrevista ao jornal Estadão, a verba é necessária para o pagamento e manutenção dos contratos temporários e serviços de licitação já em curso.

“Queremos que a Direção do IBGE consiga mais cerca de R$ 200 milhões como orçamento preparatório para que haja Censo em 2022. Do jeito que está o orçamento, o governo não só adiou o Censo, ele inviabilizou que haja Censo nessa gestão”, afirmou Dalea Antunes, coordenadora do núcleo Chile do Assibge.

Além da contratação de 204 mil empregados temporários, o que pode garantir a renda de milhares de desempregados, a realização do Censo 2021 tem importância no processo de adoção de medidas para o futuro do país.

“A educação vai penar, a habitação, o saneamento, as condições de transporte, que são pesquisadas no censo, de locomoção da população. Em suma, as condições de vida de uma população em um nível mais detalhado, que é o município brasileiro, nós só temos no censo a cada 10 anos. Não podemos ficar sem censo, porque sem censo, um país não se conhece, e um governo não planeja o futuro”, explicou o Economista e ex-presidente do IBGE Eduardo Pereira Nunes, em entrevista ao Jornal Nacional.


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