Reitor estima corte de R$ 40 milhões no orçamento da Ufal em 2021

A demora na aprovação do orçamento da União para o ano de 2021 já causa problemas à Universidade Federal de Alagoas. Estudantes, professores e pesquisadores estão às cegas sobre o futuro dos projetos desenvolvidos e das bolsas estudantis até que o texto seja aprovado no Congresso Nacional.

Em um vídeo publicado na tarde desta terça-feira, 23, nas redes sociais, o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, detalhou os problemas que a universidade tem enfrentado ao longo dos três primeiros meses do ano sem uma definição sobre o orçamento.

"Isso tem atrapalhado nosso planejamento para o ano de 2021. Esse orçamento que ainda está para ser votado no mês de março prevê um corte de R$ 40 milhões em custeio. Recursos que são usados para pagar empresas que prestam serviços e as bolsas", afirmou.

Para o professor, a decisão representará transtornos para o ano letivo de 2021. Não bastasse a demora, a não aprovação do orçamento, a demora implica diretamente na liberação contingenciada de recursos pelo Ministério da Economia ao Ministério da Educação e posteriormente  para as universidades.

"Estamos finalizando agora o terceiro mês do ano e até agora não recebemos 40% do orçamento total que deveria ter sido disponibilizado". Apesar das dificuldades, Josealdo afirma que "a Universidade Federal de Alagoas vai continuar funcionando".

Durante a manhã desta terça-feira, o relator-geral do Orçamento para 2021, senador Marcio Bittar (MDB-AC), entregou seu parecer à Comissão Mista de Orçamento (CMO).

A previsão é que a proposta seja analisada pelo colegiado na terça-feira e por deputados e senadores em sessão conjunta do Congresso Nacional nesta quarta-feira.

Os recursos para educação somam R$ 100 bilhões, ante o valor mínimo de R$ 55,6 bilhões determinado pela Constituição. A complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) é de R$ 19,6 bilhões.

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