Abastecer o veículo com álcool, em Alagoas, custa mais caro que em São Paulo

Abastecer o veículo com etanol deixou de ser uma alternativa mais econômica para fugir das altas no preço da gasolina. Esta semana, o combustível derivado da cana subiu em 24 estados e atingiu de R$ 3,373, em média, uma alta de 5,4% na comparação com a primeira semana de janeiro. Nos postos de Alagoas, o produto é vendido, em média, por R$ 3,80 o litro, mais caro que a média em São Paulo, que é de R$ 3,168.

O valor do etanol varia muito de acordo com o Estado. No Rio de Janeiro o combustível subiu para R$ 4,141 e no Rio Grande do Sul, há postos que chegam a cobrar R$ 5,399. A reportagem do Extra pesquisou preços em Maceió e constatou que o consumidor pode gastar de R$ 3,50 a R$ 4,39 por um litro.

O mercado costuma fazer contas para saber se é o uso do etanol é mais vantajoso que a gasolina. E quem lida com números sabe que o derivado da cana só fica mais leve no bolso do consumidor se custar no máximo, 70% do valor da gasolina. A justificativa é porque o etanol costuma elevar o consumo do veículo em cerca de 30%.

A alta nos preços do etanol não tem relação direta com a safra da cana. Segundo o coordenador do IPC da Fundação Getúlio Vargas, André Braz, há multifatores que afetam o valor do litro do etanol, inclusive  a relação indireta com o reajuste do preço da gasolina. “Quando a gasolina sobe, as pessoas correm para o etanol. Essa corrida eleva a demanda pelo derivado de cana, fazendo o preço do etanol subir. É a velha lei de oferta e procura”, diz Braz.