POR UNANIMIDADE

Justiça concede liberdade ao tenente-coronel Rocha Lima

Por Tamara Albuquerque 24/02/2021 - 13:11
Atualização: 24/02/2021 - 14:08

ACESSIBILIDADE

Reprodução
Tenente-=coronel Lima Rocha pode ser posto em liberdade ainda hoje
Tenente-=coronel Lima Rocha pode ser posto em liberdade ainda hoje

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) acatou por unanimidade o pedido de habeas corpus feito pela defesa do tenente-coronel da Polícia Militar, Antônio Marcos da Rocha Lima, e expediu o alvará de soltura. Preso há sete meses por suspeita de envolvimento em um homicídio ocorrido em 2019, o militar pode deixar a cela no Batalhão de Radiopatrulha ainda nesta tarde.

Rocha Lima foi preso no dia 22 de julho do ano passado pelo homicídio de Luciano de Albuquerque Cavalcante, de 40 anos, ocorrido em 25 de outubro, no Conjunto Village Campestre II, em Maceió. 

A vítima foi atingida por sete tiros, quando estava no próprio carro, um Voyage branco de placa QLJ 3302/AL.  Mesmo ferido, Luciano Albuquerque conseguiu sair com o veículo desgovernado, mas foi perseguido pelos atiradores, que efetuaram mais disparos.  A motivação do crime tinha relação com a negociação de um terreno, que pertencia à vítima que foi assassinada, com o PM aposentado José Gilberto.

Em julho do ano passado, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) denunciou Rocha Lima, o militar da reserva José Gilberto Cavalcante Góes, o segurança particular Wagner Luiz das Neves Silva e Gilson Cavalcanti de Góes Júnior pelo crime de homicídio duplamente qualificado de Luciano Albuquerque. A ação penal foi proposta pelo promotor de justiça Antônio Luis Vilas Boas Sousa, da 68ª Promotoria de Justiça da capital. Segundo ele, o inquérito relatado pela Polícia Civil continha provas suficientes da autoria do crime. 

“A investigação está bem fundamentada, com provas, documentos e testemunhos que deram ao Ministério Público a certeza da autoria delitiva do homicídio. Em razão isso, todos os acusados foram denunciados pelo assassinato com as qualificadoras de motivo torpe e sem chance de defesa para a vítima”, informou Vilas Boas. No mesmo mês, o tenente-coronel também teve um habeas corpus negado pela justiça. A denúncia do MP-AL é que a vítima foi morta porque devia R$ 3 mil ao militar aposentado José Gilberto. O tenente-coronel já possui uma condenação criminal por porte ilegal de arma de fogo.

Publicidade


Encontrou algum erro? Entre em contato