ETA CARDOSO
Afundamento de solo atinge estação de tratamento de água em Bebedouro
Casal entra com processo no MPF para ser indenizada pela BraskemA Estação de Tratamento de Água do Sistema Catolé-Cardoso (ETA Cardoso), que fica no bairro de Bebedouro, está sendo afetada pelo fenômeno do afundamento de solo provocado pela mineração da Braskem. A deterioração da estação está em processo acelerado e a Companhia de Abastecimento de Água e Saneamento de Alagoas (Casal) já entrou com processo junto ao Ministério Público Federal (MPF) para ser indenizada pela mineradora.
A estação, que funciona desde 1947, faz parte do Sistema Catolé-Cardoso e abastece 20% da cidade de Maceió. São 1.085 metros cúbicos por hora de água tratada direcionados à região da orla lagunar, Bebedouro e a Chã de Bebedouro.
O diretor-presidente da Casal, Wilde Clécio de Alencar, informa que a estação não tem comunicação com outros sistemas de tratamentos de água para consumo humano, o que significa, que não existe condições de interligá-la nem substituir a estação por outra. "Trata-se de um sistema isolado. Assim, não se pode dele prescindir antes de se ter uma solução para o caso. A estação vem se degradando ao longo dos últimos 15 anos, mas houve um agravamento nos últimos meses", informou. Na avaliação de Alencar, o fenômeno geológico que acomete os bairros de Bebedouro e Mutange também afeta a estação.
No mapeamento setorial, produzido em função do afundamento no solo nos bairros de Maceió, a estação de tratamento está apontada às margens da área de risco.
Cerca de 10 engenheiros e técnicos de nível médio trabalham no local, sendo cinco no sistema de captação da barragem e cinco na ETA Cardoso. Sobre esta situação, representante da Braskem já comunicou que a postura da empresa é de cooperação e que vem tratando sobre o assunto com a Casal desde novembro de 2020.