MACEIÓ

Profissionais do Hospital Sanatório podem paralisar atividades

Categoria está sem receber duas folhas salariais e férias e teme tragédia com afundamento do solo
Por Tamara Albuquerque 27/01/2021 - 08:45
Atualização: 27/01/2021 - 09:16

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Cortesia ao EXTRA
Profissionais denunciam atraso salarial no Hospital Sanatório, em Maceió
Profissionais denunciam atraso salarial no Hospital Sanatório, em Maceió

Trabalhadores do Hospital Sanatório, em Maceió, podem parar as atividades a qualquer momento. A categoria está sem receber os salários dos meses de novembro e dezembro, além de férias e vales transporte. A direção da unidade afirma aos funcionários que não há previsão para regularizar a situação. Segundo o Sateal, sindicato dos trabalhadores, o financeiro da instituição pagou ontem, 26, o restante do 13º salário para 73 funcionários e parte da folha salarial de novembro para quem recebe até R$ 1.398.

Os profissionais fazem, hoje, uma mobilização na unidade para chamar a atenção do poder público ao problema que não é novo. O atraso salarial já foi comunicado em 2020 à Justiça Trabalhista e a categoria pede agilidade no andamento do processo, até agora sem uma resposta. Muitos profissionais decidiram pedir demissão, mas saem da instituição sem previsão de receber recursos da rescisão do contrato.

Segundo o presidente do Sateal, Mário Jorge Filho, a direção do Hospital Sanatório culpa o governo do estado e a Secretaria Municipal de Saúde pela crise financeira. O hospital estaria sem receber os repasses pelos procedimentos realizados em pacientes do SUS. Atualmente, 70% da receita do hospital é pública.

Além do atraso no pagamento das folhas, os profissionais do Hospital Sanatório denunciam a omissão dos governos em relação à localização do hospital, que está numa das áreas críticas em função do fenômeno geológico de afundamento do solo na região.

Segundo eles, nenhum representante de órgãos envolvidos com a relocação de famílias nos bairros afetados se dirigiu aos profissionais do hospital para explica o que será feito com a instituição. A categoria teme que um desastre de grandes proporções possa atingir o hospital e desconhece medidas que estejam sendo discutidas para prevenir a tragédia.

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