Juiz nega perdão para mãe de menina estuprada e morta

O juiz André Gêda Peixoto Melo negou ontem, 21, o pedido de perdão judicial para Ana Lúcia da Silva, mãe da menina Ana Beatriz Rodrigues Rocha, de apenas seis anos, estuprada e assassinada por um vizinho em Maravilha. O crime aconteceu em agosto do ano passado. 

O Ministério Público do Estado (MPE) acusa Ana Lúcia de abandono de incapaz. Segundo o magistrado, a ré não conseguiu comprovar na Justiça, por meio de provas, que não tinha a intenção de abandonar a filha. 

E reforçou: “O caso em apreço trata-se do suposto crime de abandono de incapaz onde não se há a previsibilidade de perdão judicial como causa de extinção da punibilidade”.

O crime

A Polícia Civil prendeu no dia 6 de agosto do ano passado um homem acusado de estuprar e matar a criança. Identificado apenas com as iniciais E.F., era amigo da família da menina Ana Beatriz Rodrigues Rocha e chegou a ajudar nas buscas dela após o desaparecimento. 

Os pais de Ana Beatriz, que procuravam a menina desaparecida na cidade de 10 mil habitantes teriam recebido informações de que ela poderia estar em cárcere na casa do suspeito, conhecido na região como “santinho”. 

Eles acionaram a polícia, que encontrou o corpo da criança dentro de um saco de nylon no telhado da residência.

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