Restaurante tradicional fecha as portas em definitivo em Maceió

O setor de alimentação fora do lar é um dos mais afetados pela pandemia no Brasil, apesar do retorno gradativo das atividades econômicas. As expectativas não são boas para 2021, especialmente pelo fim do auxílio emergencial e a possibilidade de novas ondas de infecção pelo novo coronavírus e a necessidade da adoção de medidas restritivas que afetam a economia. No ano passado, quatro em cada dez bares e restaurantes com mais de uma unidade já fecharam as portas definitivamente no país no 1º semestre. Em Alagoas o cenário é o mesmo.

Nesta segunda-feira, 11, a Sueca Comedoria, usou as redes sociais para anunciar seu fechamento definitivo. A empresa estava instalada na Pajuçara, em Maceió, há 19 anos e tinha uma clientela tradicional, mas não resistiu aos impactos das crises sanitária e econômica. Os proprietários agradeceram aos fornecedores, colaboradores e demais parceiros numa carta onde confessam que  "é preciso saber quando uma etapa chega ao final".

Segundo os gestores da empresa, foi uma das resoluções mais difíceis que eles tiveram de tomar. "São meses que nos reunimos e nos recolhemos em pensamentos tentando encontrar e tomar a decisão. Afinal, foram 19 anos, 2 meses e 8 dias de uma dedicação quase que exclusiva. Não poderíamos insistir em permanecermos no mercado mesmo conseguindo passar por essa pandemia que abalou a todos, e em todos os sentidos diante de tantas demandas que nos tiraram tanta energia, vimos que precisamos viver outras etapas", informaram.

Esta semana, a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e restaurantes) também alertou para o número de desemprego que deve ocorrer com o fim do Benefício pra Manutenção de Emprego e Renda (BEm) e denunciou que o governo federal não usou toda a verba prevista em 2020 para o programa, que permitia às companhias manter empregos em troca de redução de jornada e salários de funcionários.