INFLAÇÃO NATALINA

Comidas típicas do Natal têm variação de até 1.400% no preço em Alagoas

Panetone de 400 gramas pode ser encontrado por valores que variam entre R$ 5,99 e R $89,90
Por Bruno Fernandes com Agência Tatu 17/12/2020 - 14:39

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Agência Brasil
Ceia de Natal do alagoano está mais cara
Ceia de Natal do alagoano está mais cara

O Natal, data que para os cristãos celebra o nascimento de Jesus, movimenta a economia e diversos estabelecimentos ficam lotados em todo o Brasil. Para marcar a comemoração, diversas famílias se reúnem e realizam uma ceia repleta de comidas típicas.

Muito além da necessidade ou não das polêmicas uvas-passas no cardápio, a variação de preços dos produtos típicos da festividade chega a ser de 1.400% na região metropolitana de Maceió, segundo dados que foram extraídos das notas fiscais desta quarta-feira, 16, há menos de 10 dias do Natal.

As informações foram fornecidas pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e analisadas pela Agência Tatu, que compilou o valor médio dos principais itens da ceias natalinas a exemplo dos Panetone e Peru congelado. O pão doce frutado, tradicionalmente consumido nessa época do ano, pode ser encontrado desde valores bem acessíveis a extremamente altos.

Responsável pela maior diferença desta lista, o produto (na apresentação de 400g) tem preços que se iniciam em R$5,99, na marca própria dos supermercados G. Barbosa. O produto mais caro pertence à marca Lindt, à venda no supermercado Palato por R$89,90, preço 15 vezes maior que o produto mais em conta.

O Chester, que vem substituindo o peru na ceia dos brasileiros, possui uma variação menor. O quilo do chester congelado é encontrado a partir de R$13 e pode chegar a R$27,99. Já versões mais elaboradas, como o produto desossado, pronto ou defumado pode chegar até R$64,90.

Quem optar pela tradição, o alimento símbolo do período natalino, o peru congelado está custando entre R$16,98 e R$26,99 por cada quilo. O produto mais barato é da marca Rezende e pode ser encontrado nos supermercados Unicompra.

Ceia mais cara

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) mostrou que os alimentos da ceia de Natal estão em média 15% mais caros este ano. Para economizar, as famílias deverão usar a criatividade e apostar na substituição dos itens mais tradicionais.

A inflação atingiu principalmente o arroz, um dos principais acompanhamentos da mesa, cujo preço subiu mais de 62% no acumulado dos últimos 12 meses, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

Também foram observados aumentos significativos nas carnes tradicionais dos cardápios de Natal, como pernil suíno (30,5%), lombo suíno (20,14%), frango inteiro (14,5%) e o bacalhau (10%).

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