RIO LARGO

Facção matou transexual por vender drogas a rivais, diz delegado

Por Polícia Civil 14/12/2020 - 11:15

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Delegado de Homicídios de Rio Largo, Lucimério Campos - Foto: Divulgação
Delegado de Homicídios de Rio Largo, Lucimério Campos - Foto: Divulgação

A Delegacia de Homicídios (DH) de Rio Largo concluiu o inquérito policial que investigou a morte da LGBTI conhecida socialmente como Joana D’Arc. Registrada como João Paulo Domingos da Silva, Joana D’Arc foi morta, segundo as investigações, porque estava levando drogas ilícitas do Conjunto Antônio Lins, onde residia, para serem comercializadas no Conjunto Jarbas Oiticica, residenciais que ficam situados às margens da BR-104, em Rio Largo.

O delegado Lucimério Campos, titular da DH de Rio Largo, disse que é de conhecimento público que existe uma disputa territorial entre esses dois conjuntos habitacionais, estimulada pela influência de facções criminosas rivais, o que teria causado a morte de Joana D’Arc. O grupo criminoso do Conjunto Antônio Lins não aceitava que a vítima vendesse drogas na área do rival.

Ainda segundo o delegado, a facção ligada ao Antônio Lins determinou que um indivíduo ligado à organização criminosa, morador do conjunto, praticasse o crime. “No dia 25 de outubro passado, a vítima foi vista pelo criminoso saindo de casa, oportunidade na qual ele a perseguiu montado em uma bicicleta e fez disparos de revólver calibre 38 contra ela. Atingida, Joana D”Arc tombou às margens da rodovia BR 104, no trecho de acesso ao Conjunto Antônio Lins, local onde veio a óbito”, acrescentou o delegado.

O autor dos disparos se apresentou na Delegacia de Homicídios de Rio Largo, acompanhado por advogado, sendo interrogado. “Questionado sobre o crime, o investigado usou o direito constitucional ao silêncio. Ao final, foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil e por meio que impossibilitou a defesa da vítima.”, afirmou Lucimério Campos.

O inquérito, agora, será encaminhado ao Judiciário, com pedido de prisão do acusado.

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