TABULEIRO DO MARTINS
Movimento realiza protesto contra racismo em frente a supermercado
O movimento União da Juventude Rebelião (UJR) realiza um protesto, na manhã deste sábado, 28, em frente ao supermercado GBarbosa localizado no Tabuleiro do Martins, parte alta de Maceió. O motivo do manifesto foi o caso de racismo contra um jovem negro de 19 anos.
No dia 21 de novembro, o rapaz prestou queixa à polícia acusando seguranças do estabelecimento de cometer tortura e agressões físicas dentro de uma sala na parte administrativa do supermercado. A vítima estava com dinheiro para comprar um telefone celular.
Ele contou que foi abordado pelos seguranças, agredido e obrigado a gravar um vídeo confessando o furto de dois aparelhos. "Eu fui na loja e assim que eu peguei o celular me pegaram por trás, me levaram para uma sala. Fiquei lá por duas horas. Lá colocaram um saco na minha cabeça e deram tapas na minha cara", relatou.
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Andreza Gomes, uma das integrantes da UJR, informou que o ato contra o racismo praticado pelo GBarbosa é uma forma de se cobrar justiça. "Nossa união reivindica por justiça não só para o jovem que foi vítima de racismo, mas também para todos os outros que já foram vítimas desse crime", contou ao EXTRA.
Um dos casos citados pela manifestante é o desaparecimento do servente de pedreiro Jonas Seixas da Silva, de 32 anos, que sumiu no dia 9 de outubro após uma abordagem policial no bairro do Jacintinho em Maceió. A Polícia Militar investiga a conduta de 8 militares que participaram da ação.
Os manifestantes estão munidos de cartazes com frases de efeitos, como: "Vidas negras importam" e "GBarbosa, racismo e tortura é crime". "A cada 23 minutos, um jovem negro morre no Brasil. É uma realidade que deve ser mudada", finalizou Andreza, que também faz parte do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufal.
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