SEM ACORDO

União manda demolir barracas na orla da Barra de São Miguel

Em março, 13 estabelecimentos já haviam sido demolidos
Por Bruno Fernandes 17/11/2020 - 13:13
Atualização: 17/11/2020 - 13:53

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Divulgação
Barracas foram demolidas após fim de acordo com a União
Barracas foram demolidas após fim de acordo com a União

Diversas barracas localizadas na orla da Barra de São Miguel, no Litoral Sul de Alagoas, foram demolidas no inicio da manhã desta terça-feira, 17, por ordem da Secretaria do Patrimônio da União (SPU). Ao todo, 12 construções são consideradas irregulares.

As barracas estavam fechadas desde o final de 2019, mas os barraqueiros tinham a expectativa de reabertura, devido a um acordo feito com a prefeitura. A Polícia Militar e a Polícia Federal foram acionadas para garantir a segurança dos trabalhadores e dos empresários durante a demolição.

Em nota, a prefeitura da Barra de São Miguel informou que não faz parte do processo e que apenas foram comunicados da ação. "A reunião que aconteceu foi para tentar mais prazo, porém não foi aceito”.

Em março deste ano, 13 barracas já haviam sido demolidas, quando o prazo do acordo feito entre os barraqueiros, a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) terminou.

À época, proprietários das barracas realizaram um protesto ateando fogo a pneus contra a ação. O acordo entre União e barraqueiros foi realizado em 2015, mas teve seu prazo expirado em 2018, quando começariam as operações para a demolição.

O prazo inicial dado pela SPU para que os comerciantes deixassem o local era até o dia 19 de fevereiro de 2018. No mesmo ano, um novo acordo entre os barraqueiros, a SPU e a Advocacia-Geral da União (AGU) prorrogou esse prazo para mais dois anos, encerrando no dia 2 de março deste ano.

A Secretaria do Patrimônio da União (SPU) foi procurada para detalhar quais as irregularidades alegadas para a remoção do local de trabalho de mais de 40 famílias na região, mas até o fechamento desta matéria, o órgão não se manifestou.

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