CASO MARI FERRER/MACEIÓ

Mulheres vão às ruas em protesto contra absolvição por ‘estupro culposo’

Por Redação 05/11/2020 - 11:03

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Divulgação
Manifestação sobre o caso de Mari Ferrer ocorrerão neste final de semana no país
Manifestação sobre o caso de Mari Ferrer ocorrerão neste final de semana no país

Com objetivo de pedir justiça para Mariana Ferrer e evitar que o ordenamento jurídico brasileiro incorpore a condenação por “estupro culposo”, mulheres de todo o país realizam neste final de semana uma mobilização sem qualquer liderança partidária ou de movimento social específico. O evento ganha adesão nas redes sociais, de maneira orgânica, e também acontecerá em Maceió, neste sábado às 14 horas, em frente ao Cepa.

Na terça-feira, 3, o The Intercept Brasil publicou reportagem sobre a absolvição de André de Camargo Aranha, no caso do estupro da influenciadora. Ela trazia um vídeo da audiência, que mostra a jovem sendo humilhada pelo advogado de defesa do réu, Cláudio Gastão da Rosa Filho. O crime aconteceu em um beach club de luxo na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, no dia 15 de dezembro de 2018.

O movimento autônomo pretende levantar a voz contra a criminalização das mulheres que denunciam as violências sofridas, para que o caso de Mari ganhe outro rumo e que a justiça seja feita. Nem que para isso a força das manifestações seja voltada a pressionar o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e outros órgãos.

Na terça-feira, 3, o Ministério Público de Santa Catarina afirmou, em nota oficial, que não solicitou a absolvição do empresário André Aranha por "estupro culposo" no processo em que era acusado de violentar a influenciadora.

"A 23ª Promotoria de Justiça da Capital, que atuou no caso, reafirma que combate de forma rigorosa a prática de atos de violência ou abuso sexual, tanto é que ofereceu denúncia criminal em busca da formação de elementos de prova em prol da verdade. Todavia, no caso concreto, após a produção de inúmeras provas, não foi possível a comprovação da prática de crime por parte do acusado", destacou o comunicado do MP-SC. Porém, em entrevista ao site Universa, do UOL, na noite de quarta-feira (4), disse que não há como comprovar o crime.


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