Cemitério no Bebedouro é interditado devido a afundamento do solo

A Prefeitura de Maceió determinou nesta segunda-feira, 19, que o cemitério público municipal Santo Antônio, localizado no bairro de Bebedouro, em Maceió, seja interditado devido ao afundamento do solo na região causado pela Braskem.

De acordo com portaria, os problemas geológicos, além de provocar o afundamento do solo em alguns bairros de Maceió, geram danos estruturais em imóveis e o esvaziamento populacional dessas áreas.

A portaria, assinada pelo Superintendente Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Gustavo Alberto Acioli de Paiva Torres, afirma também que a área em Bebedouro onde está localizado o cemitério está sendo incluída no Mapa de Setorização de Danos que recomenda a realocação de 1.587 imóveis.relacionadas_esquerda

"Determinar a interdição do cemitério Santo Antônio, localizado no bairro do Bebedouro, em razão da instabilidade geológica da região", diz trecho do documento. Só permanecem autorizados, excepcionalmente, os sepultamentos em jazigos particulares até a definição de traslados dos restos mortais para outros cemitérios.

Na sexta-feira, 10, a Braskem informou aos seus investidores que decidiu incluir mais 2 mil imóveis de Maceió no plano bilionário de ressarcimento de moradores atingidos pelo afundamento do solo. A estimativa substituiu a anterior de inclusão de 800 imóveis pela empresa e de 1.700 apresentada pela Defesa Civil Municipal de Maceió.

Com essa última atualização, o número de imóveis desocupados ou que precisarão ser subiu para mais de 9 mil. Esse novo número também não altera o montante de R$ 8,3 bilhões já reservado pela petroquímica para reparar danos, indenizar famílias desalojadas e fechar definitivamente as minas. Os mais de R$ 8 bilhões chega quase a metade do valor de mercado atual da Braskem, de 17,5 bilhões de reais.

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