LAVA JATO GAÚCHA

Justiça Federal vê indícios de corrupção em contrato firmado pela Casal

MPF-RS encontra supostas irregularidades envolvendo ex-secretário de Estado
Por JOSÉ FERNANDO MARTINS 17/10/2020 - 14:33

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Divulgação
Luiz Otávio Gomes Silva foi Secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado de Alagoas
Luiz Otávio Gomes Silva foi Secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado de Alagoas

A Justiça Federal do Rio Grande do Sul entrou em contato com o Ministério Público do Estado (MPE) para conseguir mais informações a respeito de um contrato envolvendo a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal). 

Trata-se da Operação Étimo, conhecida como Lava Jato gaúcha, que desde 2017 investiga crimes de lavagem de capitais, evasão de divisas, crimes contra o sistema financeiro nacional e corrupção. Ainda conforme documento encaminhado ao órgão fiscalizador alagoano, o Ministério Público Federal (MPF), no Rio Grande do Sul, durante investigação acabou se deparando elementos que podem ser do interesse do Ministério Público de Alagoas.

As investigações apuraram uma licitação de Parceria Público Privada, em 2014, realizada pela Casal, na qual sagrou vencedor o consórcio formado pelas empresas GS Intima, STE e Enorsul, que construíram a Sanama (Saneamento Alta Maceió S/A) para execução do contrato. 

“Ressalta que, em análise de mídia apreendida verificou-se que a empresa Sanama celebrou, em 20 de agosto de 2015, o Contrato nº 43/2015 com a empresa Log Estratégia Desenvolvimento e Gestão Ltda., cujo objeto, entre outros, era assessorar junto ao Governo do Estado de Alagoas, em especial à Casal, o Contrato de Concessão Administrativa nº 079/2014. Ainda, informa que a empresa Log Estratégia Desenvolvimento e Gestão Ltda., também com sede em Maceió, tem como um dos sócios Luiz Otávio Gomes Silva, que foi Secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado de Alagoas entre os anos de 2007 e 2014”, pontuou o documento. E sugeriu: “Diante desse contexto, merece acolhimento a promoção ministerial, na medida em que os elementos citados fazem referência a contratos envolvendo a Casal e o então secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado de Alagoas e, portanto, efetivamente podem subsidiar eventual investigação a ser instaurado pelo Ministério Público de Alagoas", salienta.

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