EFICAZ
Acupuntura reduz efeitos colaterais dos tratamentos contra câncer
Náuseas e vômitos provocados pela quimioterapia e as próprias dores oncológicas fazem parte da dura rotina das mulheres que enfrentam o tratamento do câncer de mama. O que muita gente não sabe é que a acupuntura pode ser utilizada em pacientes com neoplasias malignas (tumores) para minimizar os efeitos colaterais causados pelo tratamento (quimioterapia, radioterapia e pós-operatório), o que significa mais bem-estar para paciente.
Genschow ressalta que a eficácia da acupuntura nesses casos já foi constada em estudo publicado na revista JAMA Oncology – um dos principais jornais especializados em neoplasias - que mostrou que a acupuntura pode estar associada à redução significativa da intensidade da dor e do uso de opioides.
O método da “Acupuntura Auricular”, por exemplo, foi o que apresentou maior efeito terapêutico, reduzindo em média 3 pontos a intensidade da dor. E quando associada ao tratamento padrão, a acupuntura foi capaz de reduzir a dose do consumo de analgésicos em cerca de 30mg. “Acupuntura é um método rico em recursos e possibilidades, trazendo benefícios para pacientes de várias patologias e com o câncer de mama não é diferente”, diz o médico, acrescentando que isso acontece porque a inserção da agulha de Acupuntura estimula as terminações nervosas existentes na pele e nos tecidos subjacentes, principalmente os músculos.
Ele explica ainda que a ‘mensagem’ gerada por esses estímulos segue pelos nervos periféricos até o sistema nervoso central (medula e cérebro), deflagrando a liberação de diversas substâncias químicas conhecidas como neurotransmissores.
“Além disso, desencadeia uma série de efeitos importantes, tais como analgésico, anti-inflamatório e relaxante muscular. Atua também nos sistemas endócrino e imunológico, em outras funções orgânicas e na ação moduladora sobre as emoções. E no caso do câncer de mama, a acupuntura ajuda ainda a tratar os estados emocionais decorrentes da doença e da mastectomia. O que é fundamental para o processo de aceitação da paciente, da relação dela com sua feminilidade e autoestima e, consequentemente, para a sua recuperação”, conclui.