SINDICÂNCIA

Policiais penais são afastados após vídeo com presos agonizando ser publicado

Por Bruno Fernandes 14/09/2020 - 19:54

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Reprodução/Twitter
Presos agonizam no chão
Presos agonizam no chão

A Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) decidiu, nesta segunda-feira, 14, instituir uma comissão de sindicância e afastar cautelarmente por 60 dias, prorrogáveis por mais 60, sete policiais penais que estavam de serviço no Presídio Masculino Cyridião Durval e Silva, em Maceió, quando do episódio envolvendo cinco reeducandos que precisaram de atendimento médico após se sentirem mal.

A decisão foi tomada após análise do circuito interno de câmeras daquela unidade. O procedimento busca apurar a conduta dos servidores penitenciários durante o fato registrado no último sábado, 12.

Todos serão afastados com base no artigo 193 da lei 5.247/9, que instituiu o regime jurídico dos servidores públicos do estado de Alagoas.

Segundo a Serie, todos os reeducandos passam bem e foram prontamente atendidos por equipe da Gerência de Saúde da pasta, sendo encaminhados, por precaução, ao hospital de campanha montado no próprio sistema prisional, onde seguem sob observação.

Eles serão novamente avaliados e devem retornar à unidade de origem somente quando estiverem plenamente recuperados.

Entenda o caso

Um vídeo publicado no domingo, 13, pela Agenda Nacional Pelo Desencarceramento, nas redes sociais, denunciou a situação de presos que sofrem com falta de ar por conta da superlotação de um presídio em Alagoas.

Na gravação aparecem cinco detentos agonizando no chão do Presídio Masculino Cyridião Durval e Silva, em Maceió. Conforme o autor do vídeo, a superlotação das celas foi o que causou as crises nos presos.

“Tiramos para atendimento na enfermagem por falta de oxigênio circulando”, disse. “Muitos presos dentro de um mesmo ambiente fechado, respirando, e a consequência não poderia ser outra”, acrescenta.

Dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) dão conta que há 44 contaminações confirmadas e 13 casos suspeitos de covid-19 nos presídios alagoanos. No entanto, até o momento, nenhum preso morreu por conta do novo coronavírus.

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