ACIDENTES COM BANHISTAS

Proibição de banho de mar não reduziu afogamentos em Alagoas

Uso de bebida alcoólica entre os banhistas e falta de cautela podem ter influenciado
Por Arthur Fontes - Estagiário sob supervisão 13/09/2020 - 15:25

ACESSIBILIDADE

José Feitosa/Gazeta de Alagoas
Corpo de Bombeiros resgataram homem com vida
Corpo de Bombeiros resgataram homem com vida

A suspensão do banho de mar como medida preventiva e para frear a disseminação do novo coronavírus não conseguiu reduzir, este ano, as estatísticas de acidentes com banhistas em Alagoas. Apesar do acesso ao mar ter sido proibido de março a julho, os números de ocorrência superam os do ano passado. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, até agora foram registrados 143 afogamentos no estado, alguns com vítimas fatais, enquanto que durante todo o ano de 2019 foram 116 vítimas.

O recorde desse tipo de ocorrência ocorreu durante o primeiro feriadão da pandemia, o 7 de Setembro, quando as praias do litoral brasileiro ficaram lotadas de banhistas. No litoral de Alagoas foram realizadas 17 buscas e salvamentos, sendo 11 ocorrências somente no domingo, dia 6. Fora do meio aquático, a corporação realizou 56 buscas em todo o estado. Dois motivos para esse tipo de acidente, que pode virar uma tragédia, seriam o uso de bebida alcoólica entre os banhistas e falta de cautela ao entrar no mar, muitas vezes desconhecido pela pessoa.

O EXTRA entrevistou o capitão Ronaldo Lisboa, especialista da corporação em salvamento aquático, para esclarecer dúvidas sobre como não deixar um momento de lazer familiar virar uma tragédia.

"É preciso ter muita cautela e responsabilidade principalmente se você não conhece aquele meio líquido, seja ele qual for. A gente costuma dizer que é um momento de lazer para as crianças e de prudência para os pais. Recomendamos que as pessoas não adentrem ao mar após ingerirem bebidas alcoólicas e comidas pesadas também. A bebida faz com que a pessoa perca o senso e noção do perigo ficando mais afoita e perdendo reflexo e percepção de risco", alertou Lisboa.

Segundo o militar, o ideal é os banhistas procurarem praias que tenham supervisão de postos de guarda vidas. Aqui no estado as praias com essa segurança são as dos bairros do Mirante, Guaxuma, Jatiúca, Pajuçara e a praia do Francês, em Marechal Deodoro. Seguir as orientações dos profissionais da área é o essencial para não causar nenhum desastre.

"Costumamos dizer que a melhor arma contra o afogamento é a prevenção. Ter cautela, responsabilidade e estar em praias guarnecidas pelos guardas vidas, seguindo sempre as orientações impostas por eles é o melhor a se fazer". Se um banhista se envolver num acidente, a população pode ligar para o número 193 e acionar o Corpo de Bombeiros.

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