CESTA BÁSICA
Alagoano vai pagar mais caro pelo arroz e feijão
Desvalorização do real e aumento da demanda no exterior prejudicam brasileirosNão bastasse a espera pela segunda onda do novo coronavírus, os alagoanos agora precisam se preparar para o aumento, nos próximos dias, dos preços dos alimentos que compõem a cesta básica, como o arroz e feijão, além da carne para o churrasco do final de semana, como apontam os dados da pesquisa de preços divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na segunda, 7 de setembro.
Apesar da pesquisa não contemplar Alagoas, é possível obter uma média do que vai acontecer através de dados de estados vizinhos e que possuem os mesmos problemas de produção de grãos de Alagoas. A capital vizinha, Recife, por exemplo, reflete o resultado nacional, com alta de 0,7% apenas no mês passado.
Quando se observa o dado mais consolidado, a capital pernambucana aparece entre as que tiveram maiores taxas de elevação do País. O aumento não foi diferente em Salvador, que presenciou a elevação de 16,15%, e Aracaju com 13,21%. Para o professor Lucas Gama Lima, do curso de Geografia do Campus do Sertão e responsável pelo Observatório de Estudos sobre a Luta por Terra e Território (Obelutte/Gepar/ Ufal), esses aumentos deverão ser sentidos no bolso dos alagoanos já nos próximos dias.
Segundo o especialista, o estado de Alagoas não é autossuficiente na produção desses itens e a produção do feijão, por exemplo, já se apresentava em declínio no estado. Entre as safras de 2009/10 e 2018/19 foi registrada uma queda de 54% da produção de feijão em Alagoas. A previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que essa realidade descendente se mantenha, aumentando a procura e diminuindo a oferta.
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