TRANSLADO DE CORPOS

Golpista inventa morte de casal alagoano em MS para lucrar R$ 1,2 mil

Por Redação 26/08/2020 - 13:39
Atualização: 26/08/2020 - 14:02

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Prefeitura de Penedo
Pedido de ajuda foi feito por suposto parente que mora em Penedo, município de Alagoas
Pedido de ajuda foi feito por suposto parente que mora em Penedo, município de Alagoas

Na manhã desta quarta-feira, 26, um homem identificado como Luís Fernando de Oliveira Alves procurou veículos de comunicação em Penedo, no interior de Alagoas, pedindo ajuda para o traslado dos corpos da irmã e do cunhado, citados como vítimas de acidente ocorrido na segunda-feira, 24, em Mato Grosso do Sul. Uma criança de 6 anos órfã foi usada como aditivo dramático ao enredo, mas tudo não passava de um golpe.

Na ligação, o homem dizia que residia em Penedo, no bairro de Santa Luzia, próximo a uma escola, e que tinha viajado até o Mato Grosso do Sul nesta terça-feira, 25, porque sua irmã e seu cunhado haviam falecido e ele precisava da quantia de R$ 1.200 para poder trazer os corpos para Alagoas.

Ao ser questionado pela redação do portal local Aqui Acontece, que foi foi procurado pelo suspeito para pedir ajuda sobre a rua em que residia em Penedo, Luís Fernando apresentou um certo nervosismo e terminou sem dizer o nome e nenhuma referência de seu suposto endereço.

Foi pedido então as certidões de óbito das vítimas, momento em que ele disse que seu celular estava quebrado e o da funerária onde ele estava não enviava imagens, apenas textos.

Estranhando ainda mais o fato, a redação do portal ligou para o portal campograndenews.com.br e descobriu que no município de Rochedo, onde o homem disse que estava, existia apenas uma funerária e não havia nenhum caso do tipo por lá.

Para evitar contatos, o golpista ainda afirmada que nem adiantava fornecer seu próprio contato porque o celular não funciona em Rochedo. O golpe não foi surpresa para o dono da Pax Rochedo, única funerária do município a 74 km de Campo Grande. “Pelo menos uma vez por mês ligam para mim. Não existe essa Pax Nacional de Rochedo. É sempre o casal que morreu e o parente que está pedindo ajuda”, diz Sergio Paulo da Silva.

De acordo com ele, a última ligação foi de uma rádio de Londrina, no Paraná, em busca de informações sobre o traslado dos corpos. “Mas da outra vez, pediam mil reais. Engraçado, como se aqui não tivesse assistência social. Mas, graça a Deus, não teve esse problema”, diz.

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