TRANSLADO DE CORPOS
Golpista inventa morte de casal alagoano em MS para lucrar R$ 1,2 mil
Na manhã desta quarta-feira, 26, um homem identificado como Luís Fernando de Oliveira Alves procurou veículos de comunicação em Penedo, no interior de Alagoas, pedindo ajuda para o traslado dos corpos da irmã e do cunhado, citados como vítimas de acidente ocorrido na segunda-feira, 24, em Mato Grosso do Sul. Uma criança de 6 anos órfã foi usada como aditivo dramático ao enredo, mas tudo não passava de um golpe.
Na ligação, o homem dizia que residia em Penedo, no bairro de Santa Luzia, próximo a uma escola, e que tinha viajado até o Mato Grosso do Sul nesta terça-feira, 25, porque sua irmã e seu cunhado haviam falecido e ele precisava da quantia de R$ 1.200 para poder trazer os corpos para Alagoas.
Ao ser questionado pela redação do portal local Aqui Acontece, que foi foi procurado pelo suspeito para pedir ajuda sobre a rua em que residia em Penedo, Luís Fernando apresentou um certo nervosismo e terminou sem dizer o nome e nenhuma referência de seu suposto endereço.
Foi pedido então as certidões de óbito das vítimas, momento em que ele disse que seu celular estava quebrado e o da funerária onde ele estava não enviava imagens, apenas textos.
Estranhando ainda mais o fato, a redação do portal ligou para o portal campograndenews.com.br e descobriu que no município de Rochedo, onde o homem disse que estava, existia apenas uma funerária e não havia nenhum caso do tipo por lá.
Para evitar contatos, o golpista ainda afirmada que nem adiantava fornecer seu próprio contato porque o celular não funciona em Rochedo. O golpe não foi surpresa para o dono da Pax Rochedo, única funerária do município a 74 km de Campo Grande. “Pelo menos uma vez por mês ligam para mim. Não existe essa Pax Nacional de Rochedo. É sempre o casal que morreu e o parente que está pedindo ajuda”, diz Sergio Paulo da Silva.
De acordo com ele, a última ligação foi de uma rádio de Londrina, no Paraná, em busca de informações sobre o traslado dos corpos. “Mas da outra vez, pediam mil reais. Engraçado, como se aqui não tivesse assistência social. Mas, graça a Deus, não teve esse problema”, diz.
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