SEM ACORDO

Alunos denunciam Uninassau por tentar excluir turma de Pedagogia

Por Arthur Fontes - Estagiário sob supervisão 18/07/2020 - 13:13
Atualização: 18/07/2020 - 14:29

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Divulgação
Estudantes foram surpreendidos com exclusão da turma da manhã
Estudantes foram surpreendidos com exclusão da turma da manhã

Estudantes do 6⁰ período do curso de pedagogia, do turno matutino da Uninassau, foram surpreendidas no ato da matrícula. A entidade informou aos alunos que não iria ofertar disciplinas no turno da manhã. Em reunião com representantes de turma, segundo os alunos, o reitor da Uninassau, Avelino Balbino, teria imposto que os alunos se transferissem para o turno da noite ou para modalidade EaD (Educação à Distância). Caso não concordassem, deveriam sair da instituição de ensino.

Segundo a líder da turma Anna Paula Oliveira, a direção não procurou os estudantes para saber da viabilidade da mudança de horário do curso. ela a firmou que a Uninassau está descumprindo o contrato firmado em 2018 e que a Defensoria Pública já foi acionada.

Além disso, de acordo com Anna Paula, ainda houve um aumento na mensalidade, já que no período passado a turma pagava, com desconto, entre R$250,00 a R$300,00, e agora o preço foi para R$452. O desconto teria sido autorizado pela Justiça em torno de 30% nas aulas presenciais e de 50% nas práticas. A estudante denuncia que isso não foi cumprido. Caso esse que não ocorreu com a turma de pedagogia do turno da noite, que recebeu o boleto em dia e com o desconto.

"Tudo começou em dezembro de 2018, quando estávamos terminando o segundo período, e a coordenação do curso comunicou que a turma iria ser transferida para o turno da noite, porque a Uninassau não teria condições e nem obrigação de manter uma turma pequena pela manhã. Esse aviso foi dado sem nenhuma reunião prévia com os alunos, e o vice-reitor, Marcus Gava, estabeleceu três opções: mudar para o período noturno, fazer o a modalidade semipresencial de graduação ou mudar de faculdade", contou a representante da turma.

Devido a isso, as alunas procuraram a Defensoria Pública e foram orientadas a redigir um abaixo assinado com os alunos envolvidos para que fosse iniciado um processo contra a universidade. No contrato informava que as aulas teriam que ser presenciais e no turno matutino, até seu encerramento no final do curso, esclareceu a estudante.

"Em meio a essa situação, a Uninassau nos chama para uma reunião e, após muita argumentação, garante que o curso seria mantido no horário da manhã e isso não seria alterado futuramente, o que nos fez não dar continuidade ao processo", completou.

Em contato com a Defensoria Pública o caso já está sendo analisado. "Estamos tendo acesso à documentação nesse momento, vou analisar e contactar a Uninassau inicialmente, para tentarmos resolver administrativamente"’, confirmou o defensor público Isaac Costa. Anna Paula, como líder e representante de estudos, disse que os alunos estão se sentindo "lesadas, frustrados e decepcionados com o descaso da Uninassau".

A assessoria de comunicação da universidade informou que o problema havia sido resolvido e que a turma permanecerá pela manhã. Até ontem à noite, no entanto, a aluna não havia sido informada da decisão da Uninassau.


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