transporte público

Rodoviários reduzem salários e jornada para preservar empregos

Por Tâmara Albuquerque 03/04/2020 - 13:34
Atualização: 03/04/2020 - 13:43

ACESSIBILIDADE

Foto: Max Monteiro/ Secom Maceió
A redução da frota tem gerado apreensão em usuários
A redução da frota tem gerado apreensão em usuários

Motoristas e cobradores do transporte público de Maceió estão trabalhando, desde o 1º de abril, com uma redução de até 50% da carga horária e dos salários. 

As empresas adotaram o sistema de escala de trabalho com revezamento a cada 15 dias, no mínimo, para enxugar a folha no período em que o isolamento social em decorrência da pandemia do Coronavírus continuar impactando a receita. A medida foi adotada com o consentimento do sindicato da categoria como medida para que não houvesse demissão em massa. 

O acordo entre representantes das empresas e trabalhadores foi firmado na semana passada. Com a redução dos passageiros, as empresas também reduziram em 55% a frota na cidade. O salário-base de um motorista, hoje, é de R$ 2.065,00, e o cobrador recebe R$ R$1.204,00. Ficou mantido o ticket alimentação.

A redução da frota tem gerado apreensão em quem precisa se deslocar de ônibus na cidade, pois continua havendo superlotação nos horários “de pico”, apesar da suspensão das atividades no comércio, shoppings e outros segmentos econômicos considerados não essenciais e na cadeia de ensino.

Novas regras

Com a entrada em vigor da MP 936, que permite a redução em 25%, 50% ou 70% da jornada e salário por acordo individual, por até 90 dias, o sindicato dos trabalhadores rodoviários aguarda nova reunião com as empresas para readequar o acordo. 

Segundo Sandro Lima, presidente do sindicato, com as empresas aderindo as normas será possível recompor o salário de motoristas, cobradores. Pela Medida Provisória, o governo pagará ajuda igual a redução [de 25%, 50% ou 70%] pelo seguro-desemprego. Além disso, durante a redução e depois, por igual período, haverá o empresário não poderá demitir.

Pelas novas regras, em nenhuma hipótese a redução de salário e jornada poderão deixar o trabalhador com salário abaixo do mínimo, que é de R$ 1.045,00. Em Maceió, a categoria no cargo de motorista e cobrador chega a 3 mil pessoas.


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