ALTA TURBIDEZ

Após chuvas e enchentes, Casal enfrenta dificuldades para captar água no Agreste

Por Redação com assessoria 02/04/2020 - 15:28
Atualização: 02/04/2020 - 16:41

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Prefeitura de Santana do Ipanema
Turbidez do Rio Ipanema também chegou a níveis nunca antes observados
Turbidez do Rio Ipanema também chegou a níveis nunca antes observados

A Companhia de Saneamento de Alagoas informou na tarde desta quinta-feira, 2, que a falha no abastecimento em cidades do Agreste deve continuar pelos próximos dias. O motivo, segundo a Casal, foram as chuvas dos últimos dias e a enchente do Rio Ipanema que levaram muitos entulhos e sedimentos para o Rio São Francisco, alterando a cor e a turbidez da água bruta.

De acordo com técnicos da Casal e da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), a turbidez da água do Rio São Francisco chegou a níveis nunca antes observados. Em Alagoas, foi constatado que o nível de turbidez chegou a mil vezes acima do normal.

No estado vizinho, as captações também foram afetadas, prejudicando o tratamento da água e o abastecimento de várias cidades, que chegou a ser suspenso temporariamente.

Essas paralisações temporárias também estão ocorrendo em Alagoas nos seguintes locais: captação do Sistema Coletivo do Agreste, situada em Traipu; captação do antigo Sistema Coletivo do Agreste, situada em São Brás; captação do sistema individual de Traipu; captação do sistema individual de Piaçabuçu.

O nível de turbidez elevado da água do São Francisco, portanto, tem dificultado o tratamento. Por essa razão, a Casal e a Agreste Saneamento adotaram algumas medidas emergenciais. Uma delas é a readequação da dosagem de produtos usados no tratamento da água.

Outra ação é a limpeza e desinfecção com maior frequência das Estações de Tratamento de Água (ETAs), com um procedimento chamado de descarga de fundo dos decantadores. Todas essas medidas fazem com que o tratamento precise de mais tempo para ser concluído antes da água ser enviada aos consumidores.

Outra medida emergencial paliativa será a disponibilização de carros-pipa para prédios públicos, especialmente hospitais, unidades básicas de saúde, unidade sentinela contra a Covid-19 e presídios de Arapiraca.

Vale destacar que essa é uma situação totalmente atípica, oriunda de uma questão ambiental que não está sob o controle de nenhuma companhia de saneamento, como também observou a companhia de Sergipe.

Em Alagoas, a Casal e a Agreste Saneamento vêm trabalhando diuturnamente para reestabelecer em tempo mais exíguo possível a condição normal de operação, mas salientam que dependem da qualidade da água bruta do Rio São Francisco, para que, assim, consigam fazer com que a água volte para as casas dos moradores da Região Agreste de forma segura, ou seja, com a qualidade adequada.


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