Alagoana consegue na Justiça o direito de abortar

Uma gestante conseguiu na Justiça de Alagoas o direito de realizar um aborto. O feto tem a Síndrome de Body-stalk, anomalia que impede o desenvolvimento fora do útero. 

A decisão é do magistrado Thiago Augusto Lopes de Morais, da Comarca de São Sebastião. De acordo com ele, não existem recursos médicos ou terapêuticos que corrijam a deficiência do feto.

“São assazes os riscos para a saúde e a vida da gestante, sem embargo dos danos psicológicos infligidos a essa mulher caso seja obrigada a levar a cabo uma gravidez cujo produto é, inexoravelmente, inviável", destacou.

Body-stalk é uma malformação fetal grave decorrente da falha da formação das dobras cefálica, caudal e laterais do corpo embrionário, ocorrendo em média em um a cada quinze mil gestações. 

O feto, por não possuir cordão umbilical, tem seu abdômem aberto – sem parede – colado na placenta da mãe.