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Alagoas vai conviver com três epidemias graves no mês de abril

Por Tamara Albuquerque 27/03/2020 - 16:06

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Foto: Divulgação
Mosquito Aedes aegypti transmite  dengue, zika e chikungunya
Mosquito Aedes aegypti transmite dengue, zika e chikungunya

Os alagoanos devem se preparar para enfrentar, em abril, três epidemias que levam à síndrome respiratória aguda grave (SRAG), quadro que pode resultar em óbito a depender de complicações no estado de saúde de quem tiver contraído Influenza (subtipo H1N1), dengue e o novo coronavírus.

O alerta é do secretário de vigilância sanitária do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, que falou sobre desafios a serem enfrentado no País nos próximos 30 dias.

Durante entrevista para atualização nacional dos casos de covid-19, realizada ontem, o secretário fez uma consideração importante e preocupante sobre a doença, que já matou 77 brasileiros e infectou outros 2.915. 

Segundo ele, diferente do que ocorreu nos Estados Unidos e na China, a epidemia de coronavírus alcançará seu pico no Brasil no momento em que o país entra no período de sazonalidade de influenza e dengue, esta última transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, duas pragas bem conhecidas dos brasileiros e que também afetam o sistema respiratório. 

0 Brasil notificou, de janeiro até o dia 13 deste mês, 390 mil casos prováveis de dengue, uma taxa de incidência de 185,9 casos por 100 mil habitantes. Foram confirmados no período 106 óbitos, dos quais 60% na faixa etária acima de 60 anos.

A doença, dizem os técnicos em boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério, apresenta comportamento crescente. Os casos de dengue cresceram 19% nas cinco primeiras semanas do ano em comparação com o mesmo período de 2019.

Em Alagoas os registros apontam 345 casos de dengue confirmados, predominando o sorotipo DENV-1. Também foram registrados 13 casos de Chikungunya e 17 de zika.

A epidemia do novo coronavírus se intensificou na China e nos EUA após a passagem da fase mais crítica da influenza o que, de certa forma, tem auxiliado a poupar vidas. No Brasil, no entanto, a incidência de casos do coronavírus, dengue e influenza de forma simultânea é considerada grave.

“Temos a tempestade perfeita” alertou o secretário, que é infectologista. Wanderson Oliveira pediu aos brasileiros que estão em quarentena que “aproveitem o período em casa para eliminar focos do mosquito da dengue e não deixem de tomar a vacina contra a influenza”, que começou esta semana em nível nacional.


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