DOENÇAS RARAS

Instituto cria abaixo-assinado para pressionar Ministério a trazer pesquisa com células-tronco

Projeto recebe o nome de “Estudo AstroX” e é coordenado pelo Laboratório Kadimastem, em Israel
Por Assessoria 28/02/2020 - 15:02

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Hemerson Casado foi diagnosticado com a Esclerose Lateral Amiotrófica em 2012
Hemerson Casado foi diagnosticado com a Esclerose Lateral Amiotrófica em 2012

O Instituto Doutor Hemerson Casado criou um abaixo-assinado na internet que visa pressionar o Ministério da Saúde a trazer para o Brasil uma pesquisa com células-tronco de embriões que promete ser mais uma esperança para pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica. 

O projeto, que recebe o nome de “Estudo AstroX”, já possui ensaios clínicos que estão sendo realizados e coordenados pelo Laboratório Kadimastem, em Israel. Estima-se que o investimento poderá custar até R$40 milhões de reais.

A proposta é que o governo federal ofereça subsídios para o projeto, através de instituições públicas de pesquisa, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e o laboratório israelense traga a tecnologia e os profissionais especializados para o Brasil. 

O presidente do instituto e idealizador do abaixo-assinado, o cirurgião cardiovascular Hemerson Casado, explica que células-tronco de embriões tem maior poder de diferenciação em neurônios motores que estão mortos em função da ELA.

A petição já recebeu mais de 150 mil apoiadores, mas a meta é que a campanha atinja pelo menos meio milhão de pessoas. 

“Estamos falando de uma grande esperança para pacientes em estágio avançado da doença. Atualmente, o único recurso que o Brasil oferece aos pacientes com ELA é o medicamento Riluzol, que apenas aumenta a sobrevida de 3 a 5 meses”, expõe Casado, que foi diagnosticado com a Esclerose Lateral Amiotrófica em 2012.

Vale ressaltar que a Lei de Biossegurança, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal em 2008, prevê o uso de células-tronco embrionárias para projetos de pesquisa.

Na última semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso de terapias alternativas com células-tronco no Brasil. Com a decisão, o Brasil está apto a desenvolver ou até mesmo registrar produtos a partir de células humanas, favorecendo o desenvolvimento de novos produtos terapêuticos.

Os interessados em aderir ao abaixo-assinado podem acessar o site: https://tinyurl.com/t2llraw


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