SINTEAL

Servidores fazem protesto em defesa da autonomia das escolas

Por Redação com assessoria 05/02/2020 - 10:22
Atualização: 05/02/2020 - 11:48

ACESSIBILIDADE

Emanuelle Vanderlei
O protesto de hoje busca o diálogo com a Seduc para garantir melhorias no trabalho dos funcionários da escola e garantir o atendimento adequado à população.
O protesto de hoje busca o diálogo com a Seduc para garantir melhorias no trabalho dos funcionários da escola e garantir o atendimento adequado à população.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) realizam um ato público em frente à Secretaria de Estado da Educação (Seduc), na manhã desta quarta-feira, 5, cobrando reconhecimento e valorização dos secretários escolares, e protestando contra as medidas que tiram a autonomia das escolas. 

De acordo com os manifestantes, a Seduc retirou das instituições o poder de atender a comunidade em diversos serviços como realização de matrícula, enturmação de alunos e emissão de documentos como histórico escolar.


Na última segunda-feira (3), o Sinteal publicou uma matéria relatando o problema. Com as secretarias escolares sem autonomia nenhuma, o processo de matrícula on-line, que promete facilitar a vida das pessoas, só está gerando transtornos para a comunidade.

“O funcionário que está na escola conhece a realidade de cada um, atende a população de forma humana para entender os casos. Casos de crianças especiais que devem ficar próximas dos irmãos, grupos que os professores já detectaram que deveriam ser separados para melhor aproveitamento pedagógico, e muitas outras situações que dependem do olhar humano não são contempladas por esse sistema”, disse Patrícia David, dirigente do Sinteal e agente administrativo.

O protesto de hoje busca o diálogo com a Seduc para garantir melhorias no trabalho dos funcionários da escola e garantir o atendimento adequado à população. "A escola pública é um direito constitucional, e a secretaria escolar é fundamental para garantir que o acesso a ela seja feito da melhor forma. Essa confusão toda só aumenta o trabalho, os custos para o Estado e a comunidade, e aumenta a possibilidade de evasão escolar", criticou Consuelo Correia, presidenta do Sinteal.

ENQUADRAMENTO

Os secretários escolares também cobram o enquadramento da categoria, um impasse que remonta ao Governo Théo Vilela (PSDB) e que não foi solucionado ao longo destas duas gestões de Renan Filho (MDB), a despeito das sucessivas promessas do vice-governador e secretário de Educação Luciano Barbosa.

O problema é que eles não são enquadrados como servidores de nível superior, mesmo tendo sido esta uma das exigências do concurso público prestado no governo de Ronaldo Lessa (PDT).


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