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Rodoviários da Veleiro voltam à greve, mas decisão divide a categoria

Por Tamara Albuquerque 21/01/2020 - 07:35
Atualização: 21/01/2020 - 08:15

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Cortesia ao Extra
A PM foi chamada à garagem da Veleiro para apaziguar o clima acirrado entre os rodoviários
A PM foi chamada à garagem da Veleiro para apaziguar o clima acirrado entre os rodoviários

Os ônibus da Auto Viação Veleiro não vão circular hoje, em mais um dia de paralisação dos rodoviários da empresa em protesto contra atrasos salariais e outras irregularidades praticadas pelos empresários, segundo denuncia o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sinttro). A categoria está reunida na garagem da empresa, no bairro do Trapiche, em mobilização pela manutenção da greve e para impedir que alguns trabalhadores rompam a movimento.

O clima no local é tenso, segundo o presidente do Sinttro, Sandro Régis, porque um grupo de trabalhadores discorda da paralisação e quer voltar às atividades. Segundo o sindicalista, esse grupo teria recebido os vencimentos em atraso, correspondentes ao mês de dezembro e primeira quinzena deste mês. "A política da empresa é dividir o movimento, acabar com a mobilização, pagando a alguns trabalhadores e exigindo que voltem à atividade".

Integrantes do grupo disseram que estariam sendo perseguido pelo próprio Sindicato, que foi acusado de ter travado “uma guerra pessoal” com a Veleiro. O acirramento dos ânimos dos rodoviários resultou na necessidade da presença do grupo de Gerenciamento de Crise da Polícia Militar ao local. Os militares conseguiram, ao menos, evitar que trabalhadores se agredissem.

A paralisação dos trabalhos na Veleiro tira de circulação os ônibus que fazem o transporte de passageiros em 15 linhas em Maceió, a maioria nos bairros do Trapiche e Vergel, na periferia.

Dirigentes da empresa Veleiro teriam comunicado aos rodoviários e ao Sinttro, hoje, que uma reunião será realizada com a Prefeitura e órgãos da área de transporte público para discutir o desequilíbrio financeiro da empresa. O encontro está marcado para esta terça-feira, pela manhã, na sede do Tribunal de Contas de Alagoas, segundo Sandro Régis. "Vamos aguardar o resultado dessa reunião para decidirmos com a categoria se voltamos às atividades", comentou o sindicalista.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou ontem uma audiência de conciliação, mas nenhum acordo foi firmado em função da ausência de representantes da empresa. 


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