REESTRUTURAÇÃO

Governo anuncia fechamento e demissão de funcionários da Dataprev Alagoas

Estatal é responsável pelo processamento de dados das aposentadorias no estado
Por Bruno Fernandes 08/01/2020 - 15:40
Atualização: 08/01/2020 - 15:59

ACESSIBILIDADE

Mirian Fichtner
Medida faz parte de um plano de reestruturação
Medida faz parte de um plano de reestruturação

A Dataprev, estatal responsável pelo processamento de dados das aposentadorias do país, vai encerras as atividades em Alagoas e demitir seus funcionários. O anúncio foi publicado nesta quarta-feira, 8, pelo Governo Federal.

Além de Alagoas, a estatal vai demitir 493 funcionários que trabalham em outras 19 unidades regionais da empresa que serão fechadas. O número representa 15% dos 3.360 empregados que a Dataprev tem atualmente.

Os servidores têm até o dia 20 de janeiro para aderir ao Programa de Adequação de Quadro (PAQ). Quem não entrar será demitido, recebendo as verbas rescisórias previstas na legislação trabalhista, como multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Ao aderir ao PAQ o trabalhador receberá como benefício: 25% sobre o saldo do FGTS;  indenização equivalente a 45 dias de salário; indenização de 12 meses do Prevdata – plano de previdência privada da estatal e 12 meses de assistência saúde. O valor do benefício com a adesão ao programa, no entanto, estará limitado a R$ 300 mil.

Com as demissões, 20 estados serão atendidos por servidores de outras unidades o que, para a empresa, resultará em aumento de produtividade.

Hoje, na média, cada atendente da Dataprev processa duas consultas do INSS por dia. Em Rondônia, que também terá sua estrutura extinta, existem dois funcionários que, em média, processam um chamado a cada 40 dias. Em Alagoas, essa média é de dez chamados diários.

Em agosto, o governo incluiu a Dataprev na lista de estatais que pretende privatizar. Apesar disso, a assessoria da estatal informou que o programa anunciado nesta quarta-feira não tem relação com a privatização, que está sendo coordenada pelo Ministério da Economia.

As atividades serão encerradas nos estados do: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins até o final de fevereiro.

Com isso, as atividades da empresa ficarão centradas em sete regiões consideradas estratégicas: Ceará, Distrito Federal, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo.


Encontrou algum erro? Entre em contato