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Vestibular da Uncisal é mais uma vez alvo de denúncia por suposto erro

Por Bruno Fernandes 08/01/2020 - 14:17

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Divulgação
Uncisal, em Maceió
Uncisal, em Maceió

Foi apresentado nesta quarta-feira, 8, denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE/AL) contra a divulgação do espelho dos gabaritos do vestibular 2019 da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), tornado público na terça-feira, 7.

Segundo a denúncia, acredita-se que houve uma falha na correção após a eliminação de algumas questões do exame. Isso teria feito os candidatos que acertaram uma menor quantidade de questões pontuarem mais que outros que conseguiram acertar mais.

As questões anuladas foram de acordo com o idioma escolhido para a seleção. Quem optou pela língua inglesa teve 11 questões anuladas. Os de língua espanhola, 12.

Os questionamentos foram feitos ao método Teoria de Resposta ao Item (TRI) utilizado pela banca. Neste caso, a nota dos candidatos não equivale à soma do número de questões corretas, o que significa que candidatos que acertaram a mesma quantidade de perguntas nem sempre terão exatamente a mesma nota.

Ao analisar o espelho do gabarito, verificou-se que alguns candidatos, mesmo acertando um número de questões muito maior do que outros, ficaram com notas finais bem menores. Sendo, segundo os denunciantes, impossível essa disparidade mesmo usando a metodologia.

O professor Walder Nunes, que tem um curso preparatório para vestibulares em Maceió, acompanha o imbróglio envolvendo as provas da Uncisal há um bom tempo.

"Não existe TRI no mundo que faça essa diferença. Não tem, 690 para 610 em uma diferença de 7 questões", explica em um vídeo divulgado nas redes sociais.

O vestibular 2020 da Uncisal foi aplicado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), ofertando 310 vagas, distribuídas em sete cursos superiores de bacharelado e de tecnologia.

Por meio de nota encaminhada à imprensa, a universidade informou que mantém contato com o Cebraspe e já encaminhou as demandas que chegaram para que fossem esclarecidos os questionamentos.

Histórico de erros

Essa não é a primeira vez que a divulgação de resultados causa problemas para a instituição. Na divulgação dos aprovados no vestibular de 2018,  a maioria dos aprovados no curso de medicina, para não cotistas, foram retirados de uma lista divulgada anteriormente

À época, a estudante Lídia Mirella Marques, por exemplo, que foi aprovada em 1º lugar, agora, na lista retificada, apareceu na 92ª posição. As provas foram realizadas pelo Instituto AOCP.


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