Alerta

Alagoas registra 228 afogamentos em águas naturais em 2019

Jovens são a maioria das vítimas
Por Tamara Albuquerque 01/01/2020 - 12:32

ACESSIBILIDADE

Divulgação
Levantamento no país aponta 16 mortes diárias de brasileiros por afogamento
Levantamento no país aponta 16 mortes diárias de brasileiros por afogamento

As praias são o maior atrativo natural do litoral alagoano e o melhor programa para se divertir com a família em qualquer época do ano. Águas mornas, tons azulados ou esverdeados e piscinas naturais na maré baixa são algumas características que os banhistas citam como convidativas ao mergulho. Mas, apesar da tranquilidade do mar na maior parte da faixa litorânea do estado, o banhista deve se precaver para evitar afogamentos.

Em 2019, ano que nos despedimos ontem, o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas registrou 228 afogamentos, a maioria em águas naturais. Além das praias, houve ocorrências em rios e lagoas. É um número alto, mas que infelizmente segue a média estatística do País. O total de casos, no entanto, pode ser ainda maior, já que existe subnotificação quando a vítima consegue ser salva por outro banhista.

A Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) informa em seu boletim atual que 16 brasileiros morrem afogados diariamente (5.692 vítimas em 2019) e que 44% dessas mortes ocorrem no verão (de dezembro a março).

É época, então, de adotar cuidados ao se entregar ao prazer de um “mergulho refrescante e divertido”. Afogamento tem prevenção e é considerado doença de impacto na saúde e na economia, afirma a Sobrasa. Pior, a maioria das mortes ocorre na faixa etária mais jovem, sendo a 2ª causa de óbito de 1 a 4 anos; a 3ª em causa em pessoas de 5 a 14 anos; a 4ª causa entre 15 a 19 anos.

No levantamento da Sobrasa fica claro que homens morrem por afogamento, em média, 6 a 7 vezes mais que as mulheres e que 47% das vítimas têm até 29 anos. Pelo menos 90% das mortes acontecem em águas naturais (praias, rios, lagoas etc); 15% em praias oceânicas; 8,5% em águas não naturais, como poços, piscinas e caixas de água, entre outros meios e 1,5% em acidentes durante transporte com embarcações.

Dicas

Existe prevenção ao afogamento. A primeira medida é não achar que ocorrerá com você ou com alguém da sua família. Esse pensamento gera comportamento de risco. Para não fazer parte ds estatísticas impressionantes sobre este tipo de acidente, o banhista deve ficar atendo a algumas situações:

1 – Atenção às placas de sinalização do Corpo de Bombeiros nos locais de maior perigo. Entre na água apenas nos pontos mais seguros;
2 – No mar e rios, onde houver correnteza, não ultrapasse a linha da cintura para não ser surpreendido por depressões no solo, ondas e correntes inesperadas;
3 – Se for para o fundo não dispense o uso de boia e jamais a abandone, mesmo em momentos de maior controle;
4 – Em caso de perigo, tente manter a calma e não nade contra a correnteza. Sinalize com os braços para pedir ajuda e tente boiar;
5 – Nos rios, caso perca o controle, nade no mesmo sentido da correnteza, tente ficar mais próximo das laterais e procure se aproximar lentamente das margens;
6 – Evite mergulhar de cabeça em depósitos naturais de água, pois o fundo está em constante transformação. O choque pode provocar desmaios e traumas de sérias consequências para a coluna cervical;
7 – Não entre na água se estiver alcoolizado. O uso de bebidas alcoólicas tira o senso de perigo e expõe a pessoa a riscos desnecessários;
8 – Mergulhe sempre na companhia de outras pessoas que possam auxiliá-lo quando preciso;
9 – Evite ou redobre a atenção com os mergulhos noturnos em mares e rios, pois há riscos de ficar preso em redes de pesca e a visibilidade do ambiente fica comprometida;
10 – Muita atenção com as crianças: designe uma pessoa específica para tomar conta delas. Essa pessoa deve evitar o consumo de bebida alcoólica e se concentrar exclusivamente no cuidado às crianças;
11 – Não confie na falsa impressão de segurança que comumente os pais têm com o uso de boias e com a presença de outros banhistas conhecidos em torno da piscina;
12 – Não descuide das crianças, mesmo com a presença de um salva-vidas. Lembre-se que, nessa época, eles têm uma grande quantidade de banhistas para cuidar. Além disso, a visão deles pode ser prejudicada pelo ângulo ou pela movimentação de pessoas. (Dicas: .saopaulo.sp.gov.br/)


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