RISCO DE DESABAMENTO

Área de isolamento no bairro do Pinheiro é ampliada pela Defesa Civil

Por Bruno Fernandes 22/11/2019 - 16:54

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Bruno Fernandes
Local foi interditado pela Defesa Civil
Local foi interditado pela Defesa Civil

A Defesa Civil resolveu ampliar nesta sexta-feira, 22, a área de isolamento no entorno dos blocos 7, 8, 9, 14 e 15 do Conjunto Jardim Acácia, no bairro do Pinheiro. A medida entra em vigor a partir deste sábado, 23.

A medida se deve a evolução das rachaduras nos prédios e, consequentemente, do risco de desabamento. O Relatório de Análise Técnica que avaliou o risco estrutural dos blocos aponta que os elementos estruturais dos prédios passaram do estado limite de deformação.

Segundo o órgão municipal, os prédios e encontram-se colapsados e sem funções, com grandes riscos de tombamento iminente, principalmente no que diz respeito às condições encontradas no solo por sua zona de fraturamento.

O isolamento acontece na Alameda Cônego Cavalcante de Oliveira, no trecho que vai desde o posto de combustíveis BR Petrobras até o Supermercado Pilar, e na Rua Manoel Menezes, no trecho que compreende o depósito de gás da Ultragaz até o Supermercado Pilar.

“Sabemos que isolamentos de áreas causam transtornos, mas a medida adotada é necessária para salvaguardar a população, uma vez que o solo do bairro continua em movimento e a evolução das rachaduras nestes cinco blocos é constante”, completou a diretora de Operações de Proteção e Defesa Civil, Joanna Borba.

O conjunto construído em 1960 foi um dos primeiros a sentir os efeitos do afundamento que atinge os bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto. O local já apresentava sinais de que a situação era crítica em 15 de janeiro deste ano, quando o piso de um dos apartamentos do prédio chegou a afundar, assustando os moradores que até então ainda residiam no imóvel.

À época do afundamento do piso, equipes do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) realizavam análise do solo nas ruas próximas. A Defesa Civil também esteve no prédio para instalar réguas e vistoriar outros apartamentos.

Apenas seis meses depois, em junho, quando de fato foi constatado o aumento significativo das rachaduras, foi realizado o isolamento no entorno de cinco blocos do conjunto e parte da Rua Professor Mário Marroquim. Só então, foi recomendada a evacuação do local.


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