Ufal encaminhará dossiê sobre manchas de óleo à Marinha e PF

Um dossiê sobre as manchas de óleo que poluem o litoral nordestino, elaborado pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), será entregue à Marinha e à Polícia Federal. 

Essa informação foi repassada às autoridades pelo pesquisador Humberto Barbosa, durante a Comissão Externa sobre o Derramamento de Óleo no Nordeste, realizada nesta quinta-feira, 21, na Câmara Federal, em Brasília. 

Com ajuda da Marine Traffic, provedor de rastreamento marítimo e de inteligência marítima, que permite rastrear os movimentos de qualquer embarcação no mundo, um navio se destacou dos demais por ter uma trajetória considerada irregular. 

"Fizemos uma pesquisa sobre o comportamento do navio, toda uma varredura. Esse foi o primeiro navio que o Lapis apontou após ter refutado a hipótese de vazamento do grego Bouboulina", informou Barbosa. O estudo analisou mais de 100 embarcações, identificando o "navio fantasma" chamado Voyager I.

"Divulgamos o nome do navio após consultar autoridades porque o Lapis não tem ferramenta criminal para apontar culpado. Porém, baseados em informações e satélites, chegamos a essa conclusão. Pela primeira vez, achamos evidências que as manchas do dia 19 e 24 de julho se correlacionam com o navio, embora o Voyager I estivesse com o sinal desligado na região onde foram encontradas as manchas". 

A embarcação deixou de ser "fantasma" ao chegar na região das Bahamas passando pela Venezuela. "Não sabemos se nesse trajeto ele foi para a Venezuela, mas normalmente vai".

O Voyager I, navio-tanque de bandeira das Ilhas Marshall está registrado em nome da Gulf Marine Management Deutschland, ou GMM(D), empresa com sede em Hamburgo, na Alemanha. No entanto, segundo uma descrição de 2011, a GMM(D) opera navios a serviço da Saudi Pacific Star, empresa com sede em Riade, na Arábia Saudita.

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